Idoso desaparecido há mais de 30 anos é encontrado no Paraná; VÍDEO


Por Redação GMC Online
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Aldemir com a psicóloga do Creas, Emily (à esquerda), a filha Lucimeire e a estagiária, Bruna Amarães (à direita). Foto: Creas.

Com a facilidade de manter contato nos dias de hoje por conta da internet, até parece improvável perder a “conexão” com alguém. A realidade era bem diferente há 36 anos, quando a família De Britto se deparou com o desaparecimento do patriarca Aldemir, atualmente com 75 anos, em Rolândia, cidade próxima de Londrina. A angústia terminou na última semana a 237km de distância, em Loanda.

Tudo começou quando um homem procurou abrigo nos fundos do Centro Social Urbano (CSU). “Quando percebemos a presença dele, nossa equipe se mobilizou para o acolher. Com muita paciência e dedicação, a psicóloga do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Emilly Góis, conseguiu descobrir o nome de alguns familiares”, conta a secretária de assistência social, Jaqueline Luizão.

A psicóloga relata que Aldemir ficou aproximadamente 2 meses no Centro e, com muita conversa, o convidou para sua sala. “Foi quando ele nos contou sua história, de onde era e os nomes dos filhos, pais e sogros. Encaminhei um ofício ao Ministério Público e no dia seguinte tínhamos os endereços dos familiares. Conseguimos falar com a neta dele, Aline, e a filha, Lucimeire, pelas redes sociais”, explica.

Portal da Cidade também conversou com Lucimeire de Britto Moura, atualmente com 46 anos. Ela era criança quando o pai sumiu. “Nós o procurávamos há 36 anos. Ele desapareceu quando morava em uma fazenda em Rolândia. Na época, eu morava com minha mãe em Cambé e meus irmãos com ele na fazenda. Meus irmãos vieram passear em casa e, quando voltaram, o pai havia desaparecido”, relembra.

A filha de Aldemir disse que, na época, a família se mobilizou para encontrar o pai. Muitos acreditaram que ele estaria morto e poderia ter sido enterrado como desconhecido. Nem um detetive contratado por eles conseguiu informações sobre o paradeiro do homem. A procura finalmente terminou em agosto de 2024.

“Reencontrar ele foi um milagre! Achei que nunca mais fosse ver meu pai. Estou muito feliz, assim como minha família. As meninas de Loanda são abençoadas por Deus por enviar ele até nós”, comemora a filha, que já viveu em situação de rua com o pai e os irmãos.

Agora, Aldemir vai morar em Cambé com uma das netas. Os outros dois filhos dele já foram comunicados sobre a novidade e pretendem visitar o pai assim que possível. “Meus irmãos ficaram muito felizes em saber. Um deles mora fora do país e se desesperou quando contei a novidade”, diz Lucimeire.

“Não imaginávamos que enquanto nós estávamos procurando a família do Aldemir, eles também o procuravam há 36 anos. Nós o levamos para reencontrar a filha. Foi um momento regado de emoção e felicidade. Agradeço a todos os envolvidos que tornaram esse desfecho tão gracioso”, finaliza Jaquelina Luizão.

Com informações do Portal da Cidade Loanda.

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