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26 de abril de 2024

Lanche contaminado pode ter provocado doença rara em crianças no PR


Por Carina Bernardino/CBN Maringá Publicado 27/11/2018 às 20h22 Atualizado 19/02/2023 às 03h35
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Desde o fim de semana duas crianças de 4 e 6 anos estão internadas em um hospital de Umuarama (a 170 quilômetros de Maringá) com suspeita de botulismo – uma doença bacteriana considerada rara e grave.

Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), em nota divulgada nesta terça-feira (27), as meninas são primas e teriam ingerido um lanche contaminado no último sábado (24), em Francisco Alves, cidade em que elas residem.

As vítimas foram medicadas com soro antibotulínico e teriam reagido bem à medicação. O acompanhamento é feito pela 12ª Regional de Saúde de Umuarama. O órgão emitiu alerta às secretarias municipais de saúde sobre o caso.

A orientação é para evitar o consumo de um embutido fabricado na cidade. Para a Regional, a empresa informou que aguarda laudos laboratoriais que confirmem se o problema estava mesmo no produto ou em outro ingrediente do lanche, como hambúrguer, milho, queijo.

É que de acordo com a Sesa, foram coletas amostras de todos esses itens. A investigação é feita pelo setor epidemiológico do Estado. Ainda segundo a secretaria, as pacientes estão recebendo assistência e já foram tomadas todas as medidas de vigilância sanitárias necessárias.

Agora, somente após os resultados dos exames, outras medidas devem ser adotadas. 

Sobre a doença

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), as toxinas de botulismo são algumas das substâncias mais letais conhecidas pela Medicina.

O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

O botulismo pode ser contraído por meio de alimentos mal conservados ou mal lavados ou por ferimentos abertos que entrem em contato com a bactéria ou a toxina. Todas as formas da doença se caracterizam por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais. A doença pode levar à morte por paralisia da musculatura respiratória.

A melhor prevenção, de acordo com o Ministério da Saúde, está nos cuidados com o consumo, a distribuição e a comercialização de alimentos.

As orientações incluem:

– evitar a ingestão de alimentos em conserva que estiverem em latas estufadas, vidros embaçados, embalagens danificadas ou com alterações no cheiro e no aspecto;

– produtos industrializados e conservas caseiras que não ofereçam segurança devem ser fervidos ou cozidos por 15 minutos, antes de serem consumidos;

– não conservar alimentos a uma temperatura acima de 15ºC.

Ainda segundo a secretaria, o êxito do tratamento depende do diagnóstico precoce da doença e das condições do local onde será realizado. Quanto antes a pessoa contaminada for levada a uma unidade de terapia intensiva (UTI), maiores as chances de recuperação.

Com agências

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