Bebê de cinco meses morre após ser espancado pelo pai no Paraná; ele disse que criança havia caído de rede, afirma delegado
Um bebê de cinco meses morreu após ser espancado pelo pai em Maripá, no Oeste do Paraná, na noite de sábado, 14.
Segundo a Polícia Militar, a equipe policial foi acionada para ir até o hospital municipal após a criança dar entrada com diversos hematomas pelo corpo. No local, os policiais conversaram com a mãe do bebê, de origem paraguaia, que informou que o genitor rejeitava e agredia a criança. Além disso, o homem teria queimado a certidão de nascimento da menina.
A mulher relatou aos militares que nunca procurou ajuda por temer pela vida dos outros filhos.
A menina sofreu ferimentos na cabeça, no rosto e no corpo. Ela sofreu parada cardiorrespiratória e após 1h de tentativa de reanimação morreu no hospital.
Os policiais militares encontraram o suspeito, que disse que a criança havia caído. A equipe falou com testemunhas que confirmaram as agressões que as crianças e a mãe sofriam.
O homem foi preso e encaminhado à delegacia.
Pai falou que criança caiu de rede, diz delegado
O delegado Antonio Laercio Souza, responsável pelo caso, falou sobre as investigações que estão em curso.
Segundo o delegado, o autor das agressões disse que o bebê teria caído de uma rede e por isso ficou ferido. Os ferimentos observados pelos médicos, um traumatismo cranioencefálico e hematomas pelo corpo, não eram compatíveis com a história, sendo assim os policiais foram até a casa do suspeito para averiguar. No local, a equipe constatou que a rede ficava sobre duas camas e que uma queda seria amortecida pelos colchões, causando lesões leves ou até mesmo nenhum ferimento.
A mãe da criança informou aos policiais que o homem possui um histórico de agressões e que ele a ameaçava, para que ela não o denunciasse para a polícia. De posse destas informações, a polícia realizou a prisão em flagrante do homem, que posteriormente foi convertida em preventiva. Ele foi encaminhado para a cadeia pública de Assis Chateaubriand, onde está à disposição da Justiça.
O delegado explicou que as investigações tentam agora descobrir a motivação do crime, o que teria levado o homem a agredir brutalmente a própria filha. Pelo o que foi apurado até agora pela Polícia Civil, o investigado deve responder pelo crime de homicídio qualificado (motivo torpe, vítima menor de 14 anos e feminicídio), com pena que varia de 12 à 30 anos de prisão.
Com informações da Catve.
