Operação cumpre mandados na região por golpe de falsos investimentos na bolsa de valores
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Mais de 70 policiais da Polícia Federal e dezenas de servidores da Receita Federal estão nas ruas para cumprir mandados de busca e apreensão em cidades do Paraná e São Paulo. É a Operação Traders, deflagrada nesta quinta-feira, 28, que investiga golpes financeiros de falsos investimentos na Bolsa de Valores.
As operações eram feitas por meio de, pelo menos, 22 empresas não autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a captar recursos e realizar investimentos no mercado. Algumas pessoas chegaram a cair no golpe investindo mais de R$ 1 milhão. Os valores eram depositados diretamente nas contas das empresas investigadas.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados se apresentavam como “Traders” para captar economias de vítimas que seriam investidores, com o pretexto de aplicar os recursos no mercado de valores mobiliários. Além de não aplicar os valores integrais na bolsa de valores, o que era aplicado normalmente resultava em prejuízo, como explica o delegado da Receita Federal de Guaíra, Rafael Favreto Machado.
“Essas pessoas se apresentam como operadoras da bolsa de valores e angariam recursos da população com a finalidade de aplicar nas operações chamadas de “daytrader”. Eles prometem lucros de até 6,4% ao mês para quem investe valores a partir de R$ 1 mil. Mas a investigação verificou que menos de 20% do capital arrecadado era investido, e quando investido, resultava em prejuízo”, explica o delegado.
São 17 mandados judiciais sendo cumpridos em Umuarama, Guaíra, Douradina, Foz do Iguaçu e Curitiba, no Paraná e em Taboão da Serra/SP. Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça Federal determinou o sequestro de automóveis, imóveis e criptoativos.
A organização operava também nos estados de Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Com o tempo, o esquema passava a não funcionar e com isso, segundo a PF, a chefe do esquema, moradora de Umuarama, no Paraná, passou a apresentar às vítimas um novo negócio. O de migração de operações em bolsa de valores para criação de um banco digital. Estima-se que a organização criminosa captou mais de R$ 200 milhões e fez milhares de vítimas.
“Nos primeiros sinais de ruína desse esquema, eles mudam o foco de abordagem e começam a se identificar como banco digital, e justificando a obtenção de lucro a partir das atividades de banco digital”, completa.
A investigação começou em 2021, a partir da identificação das primeiras filiais das empresas de operação em bolsa de valores em pequenas cidades da fronteira do Paraná com o Paraguai, como Guaíra, Douradina e Umuarama.
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