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03 de maio de 2024

Vereadora do Paraná e marido são presos durante operação em postos de combustíveis


Por Redação GMC Online Publicado 23/04/2024 às 15h41
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Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Cambira.

Três postos de combustíveis do Paraná eram usados para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, de acordo com o delegado da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), Ricardo Casanova. Um estabelecimento fica em Apucarana, outro em Borrazópolis e o terceiro em São João do Ivaí. Além desses estabelecimentos, um mercado e um estacionamento de Cambira também eram utilizados no esquema, alvo de operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta terça-feira, 23. No total, seis pessoas foram presas: três em Cambira e três em Londrina. Foram duas prisões preventivas e quatro prisões temporárias – veja o vídeo abaixo.

De acordo com a polícia, uma das investigadas ocupa o cargo de vereadora em Cambira. Aline dos Santos Macedo (PSC) e o marido dela seriam donos das empresas alvos da operação deflagrada. “São pessoas que a investigação aponta que teriam formado uma organização destinada à lavagem de dinheiro. Verificamos que todos os valores que entravam na conta dessas pessoas não tinham origem comprovada. Eles movimentavam em torno de R$ 6 milhões ao ano, e declaravam renda de em torno de R$30 mil”, disse o delegado Ricardo Casanova.

O marido da vereadora foi preso, recentemente, por venda e armazenamento ilegal de botijões de gás de cozinha.

O posto que foi alvo da operação em Apucarana fica no Distrito do Pirapó e tem como donos o casal de Cambira preso nesta terça-feira durante a operação. Ainda, conforme o delegado, cinco estabelecimentos comerciais tiveram mandados de busca e apreensão cumpridos, no total.

“Foram cinco estabelecimentos comerciais, alvos dessa operação, sendo três postos de gasolina, um mercado e um estacionamento de uma pessoa jurídica que pertencia ao casal. Mas hoje ela [a empresa] já está baixada, mas, mesmo assim, como nós verificamos alguma movimentação durante os trabalhos, acabamos pedindo busca desse local”, disse.

A polícia também informou que os postos que foram alvo da operação já não estariam mais no nome do casal. No entanto, as investigações apontam que as empresas estariam em nome de laranjas.

“Acreditamos que a venda desses estabelecimentos tenha sido negócios simulados juridicamente, pois há indícios de que essas pessoas não adquiriram esses postos, mas simplesmente cederam seus nomes para que esses postos fossem registrados”, salienta Casanova.

Durante a operação, a Polícia Civil identificou um apartamento avaliado em torno de R$ 2 milhões, no Residencial Vallence, na Praça Interventor Manoel Ribas, e uma SUV Land Rover, que teriam sido utilizados no esquema de lavagem de dinheiro. O veículo foi apreendido e o apartamento foi confiscado durante a operação.

“Esse apartamento, que é bem grande, estava vazio, e o veículo Land Rover estava guardado no estacionamento do prédio e pertence ao casal de Cambira que prendemos durante a operação”, destaca o delegado.

Durante a operação, foram apreendidos, além do veículo, diversos documentos ligados às empresas e aos investigados e também alguns celulares.

“Apreendemos vários documentos que estavam nessas empresas e também aparelhos de celular, inclusive das pessoas presas. Esse material vai ser analisado nas investigações, que terão sequência agora”, afirma.

A operação

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpriu, ao todo, 27 ordens judiciais contra uma organização criminosa ligada a lavagem de dinheiro decorrente de tráfico de drogas. Estima-se que mais de R$ 20 milhões de origem ilícita foram movimentados pelos suspeitos. A ação acontece simultaneamente nos municípios de Apucarana, Londrina, Cambira, São João do Ivaí e Borrazópolis.

Dentre as ordens cumpridas estavam dois mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão. Além de medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes em contas bancárias e aplicações financeiras dos suspeitos.

As investigações de alta complexidade apontam que os suspeitos utilizavam diversas formas para dissimular a procedência dos ganhos financeiros de forma ilícita.

Veja o vídeo sobre a operação

Com informações do TNONline.

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