Em parceria com o Google Research, pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram mapear um milimetro cúbico de tecido cerebral de um paciente com epilepsia. Apesar de o tamanho parecer minúsculo, é mais complexo do que se imagina: são 57 mil células, 230 milímetros de vasos sanguíneos e 150 milhões de sinapses, que foram agrupados em 1,4 mil terabytes de dados.
O grupo demorou uma década para concluir o trabalho, e os resultados são considerados a maior e mais detalhada reprodução do cérebro feita na história. O estudo foi publicado nessa sexta, 10, na revista Science.
A amostra foi colhida durante uma cirurgia e, posteriormente, os cientistas fixaram, coraram com metais pesados para acentuar todos os detalhes, a cobriram com resina e seccionaram em 5.019 fatias de 33,9 nanômetros de espessura.
Os pesquisadores usaram microscopia eletrônica de alto rendimento para analisar as amostras, e um algoritimo gerou a reconstrução 3D de quase todas as células e processos que estavam presentes.