Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

26 de abril de 2024

Campeã mundial de kickboxing reivindica apoio ao esporte sarandiense


Por Chrystian Iglecias Publicado 09/07/2019 às 18h45 Atualizado 23/02/2023 às 10h57
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A jovem Natália Meneguelli, 20, fez história no último sábado (6), em Orlando, na Flórida. A kickboxer sarandiense foi campeã do US Open ISKA World Martial Arts Championship – o campeonato mundial da modalidade – na categoria light contact adulto feminino. A competição é realizada anualmente nos Estados Unidos e, este ano, as lutas ocorreram dentro do parque temático da Disney World. 

Natália lutou três vezes na competição, vencendo todos os combates. Na final, a atleta da região nocauteou a adversária americana, que lutava em casa, de maneira simplesmente sensacional (veja no vídeo abaixo). Ela encaixou um chute giratório em cheio no rosto da oponente, que caiu desorientada.

https://www.facebook.com/institutok1/videos/460258257854880/?__xts__[0]=68.ARBhLnO6RTgLEteeQxSQ-TgWbEKxHEacp_tmCekje6tT50U4mwP-H2zb72mMaIb6HI4J-AYt04HFv539onF0p3v3rbF8gWivHUazAWMn4APCSCYaqPTeyiujLRnu81HL1wg9rAN7R7mfCcg4_I0QrvI8sD135A6Lv-LCTprVWw0Thqlaks0yFar41tOoKKApKK2cyrW5T6-d1JqlofyL_2qWWG3aew1Db0DXbSnAFOTG13WiujAo47oUoqmoECDMQdRHk0BCSdzm3Uencyvm4n1c_auBR7biXcAFT0t6-eEnEwv5wanMXwnzgZKRizGug6tHI93rtDqTh1dAHsrKYRFFcrCknPnKPu0&__tn__=-R

“É uma sensação única, uma sensação indescritível. Eu me sinto completamente realizada e privilegiada por estar aqui representando o nosso país e a minha cidade”, afirmou Meneguelli em conversa com portal GMC Online na tarde desta terça-feira (9), direto dos EUA.

Se engana quem pensa que o título veio sem sacrifícios. Por ter poucos patrocínios, Natália teve que arrecadar dinheiro com rifas, além de vender pizzas, para poder viajar de Maringá para os EUA. Ela foi de ônibus até São Paulo, de onde pegou um voo para Buenos Aires. Na capital argentina, ela dormiu no aeroporto e pegou outro voo, desta vez para Miami. De Miami para Orlando, o trajeto foi feito novamente de ônibus.

Quando chegou na terra do Tio Sam, a lutadora encontrou mais obstáculos. Meneguelli descobriu que a estadia que havia sido prometida a ela não foi cumprida. Com isso, ela contou com o apoio de um casal brasileiro, que a acolheu em sua casa.

Esporte em Sarandi 

Em conversa com a reportagem, Natália Meneguelli falou sobre o cenário do esporte sarandiense, e reivindicou mais investimento no município. Para ela, a cidade não dá o devido valor ao esporte.

“A cidade precisa investir um pouquinho mais e dar um pouquinho mais de credibilidade a essa área. Maringá já começou a ter alguns avanços nessa questão, com algumas filiações que estão entrando aí. Só que Sarandi ainda tem muito pouco, você quase não vê nada de esportes. Tem alguns projetos sociais, só que tudo nas custas do atleta”, afirmou a jovem.

“Eu, por exemplo, tive muito gasto. Inclusive, quando eu retornar, eu tenho que continuar pagando esses custos pra eu estar aqui. Acredito que a prefeitura e a empresa deveria acreditar um pouco mais no esporte e nos atletas, porquê são eles que vão representar o país e dão duro pra estar aqui”, completou.

Natália retorna a Sarandi no próximo sábado (13), pela manhã. Está prevista uma carreata, possivelmente em cima de um trio elétrico, para comemorar a conquista histórica da jovem, que foi a única mulher brasileira a lutar no campeonato mundial de kickboxing deste ano. 

Academia e instituto 

A nova melhor lutadora de kickboxing do mundo na categoria light contact adulto feminino possui uma academia em Sarandi. É a K1 Meneguelli Fight, localizada no Jardim Indepêndencia II. Seu pai, o “Mestre Meneguelli”, é o idealizador e atual diretor do Instituto K1, fundado em janeiro de 2010. O instituto é filiado à Confederação Brasileira de Kickboxing Tradicional Global Organization (CBKBT-GO) e também à International Sport Kickboxing Association (ISKA). 

Em sua academia, são ministradas aulas de Kickboxing, Muay Thai e Boxe. Natália é professora no Instituto e é formanda em faixa preta no kickboxing – seu pai possui quatro faixas pretas.

Carreira

Natália Meneguelli começou a treinar aos 9 anos de idade, em um projeto social do pai. Ela começou lutando Kung Fu, e conta que, no início, não tinha vontade de competir por medo de machucar as pessoas. “Eu tinha uma visão muito errada das artes marcais, a mesma visão que as pessoas que estão de fora têm, por achar que o esporte é muito agressivo. Eu descobri na arte marcial que era muito além disso, que era muito mais organizado, e que a questão principal ali é superar a si mesmo e não machucar pessoas”, afirmou.

Segundo Natália, ela só foi descobrir que realmente tinha talento quando disputou sua primeira competição. A partir daí, a paixão pelas artes marciais só cresceu e ela começou a participar de competições regionais. No ano passado, Meneguelli recebeu o convite para participar do mundial de kickboxing, e conta que, no iniciou, chegou a hesitar.

“Tive a sensação de que seria impossível por questões financeiras, por não falar a língua nativa e, claro, a questão da insegurança em estar saindo da sua casa, da sua zona de conforto. Mas eu sempre tive o sonho de ter um título mundial e independente de onde fosse eu ia correr atrás”, afirmou.

“No fim, nós não conseguimos o dinheiro total que precisávamos, mas mesmo assim decidimos vir. No meio do caminho, muitas vezes eu pensei em desistir. Mas eu tive uma base muito boa, pessoas que estavam do meu lado, e que realmente queriam me ver bem e estavam torcendo por mim”, completou.

Na entrevista ao portal, a lutadora mostrou insatisfação com pessoas que prometeram ajudá-la e não cumpriram. “Acredito que as dificuldades da vida vêm pra te fortalecer ainda mais. Graças a Deus eu tive a oportunidade de conhecer duas pessoas maravilhosas, que eu conheci por uma rede social, o Dominik e a Natasha. Eles decidiram me acolher, e se não fosse por eles seria muito mais difícil”, disse.

Para fechar, Natália aproveitou para agradecer à Deus e à sua esposa, familiares, amigos e alunos pelo apoio, além das empresas que contribuíram com materiais esportivos para que ela pudesse lutar. São elas: Lec protetores bucais, Medicinal farmácia e manipulação, Uplay Fitness Maringá, Land View artigos esportivos e Chamego brasileiro bandeiras.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Esportes

Serginho retoma parceria com Bernardinho e será auxiliar da seleção masculina de vôlei


O líbero Serginho é o novo auxiliar da seleção brasileira masculina. Ele aceitou o convite feito pela Confederação Brasileira de…


O líbero Serginho é o novo auxiliar da seleção brasileira masculina. Ele aceitou o convite feito pela Confederação Brasileira de…

Esportes

Klopp indica o seu sucessor e exalta o Liverpool: ‘Melhor trabalho do mundo’


Em clima de despedida, o treinador Jürgen Klopp indicou, nesta sexta-feira, Arne Slot, técnico do Feyenoord, da Holanda, como um…


Em clima de despedida, o treinador Jürgen Klopp indicou, nesta sexta-feira, Arne Slot, técnico do Feyenoord, da Holanda, como um…

Esportes

Calleri mantém ‘faro de gol’ e se torna 3º maior artilheiro do São Paulo na Libertadores


Jonathan Calleri novamente foi um dos destaques do São Paulo em campo. O centroavante argentino balançou as redes na vitória…


Jonathan Calleri novamente foi um dos destaques do São Paulo em campo. O centroavante argentino balançou as redes na vitória…