Rua Basílio Sautchuk: muita história para contar
A atual Rua Vereador Basílio Sautchuk, no Centro de Maringá, é uma via presente na história de muitos maringaenses. Ela já mudou muito e vamos contar essa história em parceria com o Projeto Maringá Histórica.
Segundo o projeto, antes, o nome dela era Rua General Câmara, saindo da Avenida Tiradentes e terminando na Avenida Tamandaré. Muitos estabelecimentos foram fundados nesse trecho a partir da década de 1940.
O prédio onde fica a sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) antes era o conhecido edifício Prosdócimo, local em que funcionava uma loja de departamento do mesmo nome que ficou muito famosa na cidade, sendo fundada em 1954.
Do lado, onde hoje é o shopping CIC HM, funcionava a Hermes Macedo SA, outra loja de departamento que vendia principalmente eletrodomésticos e bicicletas. Ela ficou bastante conhecida entre as décadas de 1950 e 1960.
Bem na frente da praça Napoleão Moreira da Silva, hoje chamada de praça da Pernambucanas, se instalaram várias empresas que ficaram para a história e foram relevantes para o município. Onde hoje é um terreno vazio já funcionou a Expresso Maringá. Ao lado, ficava o edifício Gonçalves, local em que funcionava o Mundo das Máquinas, empresa que vendia máquinas de costura. Na sequência, onde hoje é um estabelecimento fechado, ficava o Edifício Regina, com o funcionamento da Casa Peralta.
Quem permanece no mesmo local é a loja de calçados Casa Anete, fundada na década de 1940.
Na esquina com a Avenida Brasil, o Maringá Histórica lembra de três estabelecimentos que fizeram parte da história de muitos maringaenses na época: relojoaria Ômega, padaria Arco-Íris (ambos existentes até hoje) e Açougue Central. Os três prédios foram tombados como patrimônio histórico da cidade.
Outro local bem conhecido na rua é o Hotel Indaiá. Fundado em 1959, até hoje a arquitetura original é preservada.
Atentado
A rua já teve até um atentado contra o segundo prefeito de Maringá, Américo Dias Ferraz. Foi na véspera do Natal de 1956.
“Ele havia prometido acabar com a concessão do matadouro municipal, que era ligado à família de Aníbal Goularte Maia, personagem muito temido naquela época. Aníbal prometeu que se ele fizesse isso, ele ia tomar uma surra. Em 24 de dezembro de 1956, o prefeito estava no salão Líder fazendo a barba, quando o Aníbal parou com seu carro, desceu um jagunço chamado Santão e Américo foi espancado dentro do salão”, descreve Miguel Fernando Perez Silva, responsável pelo projeto Maringá Histórica e atual secretário de Cultura de Maringá.
Mudança
Foi em junho de 1972 que a via passou a se chamar Vereador Basílio Sautchuk. A homenagem foi dada ao homem que foi um dos primeiros vereadores na cidade, em 1952, quando Maringá foi emancipada politicamente. Basílio Sautchuk foi funcionário da Companhia Melhoramento Norte do Paraná e morreu em abril de 1972.
