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25 de abril de 2024

Com faixa ‘Fora, Bolsonaro’, Parada LGBT é realizada em Maringá


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 19/05/2019 às 19h47 Atualizado 22/02/2023 às 08h07
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A concentração foi na Praça Renato Celidônio, no centro Maringá. Ali, homens, mulheres e famílias se e reuniram no início da tarde de domingo (19). Um caminhão de som animava o público – que aproveitou o dia de sol para usar diversos estilos de roupas. Purpurina pra cá, bandeiras com as cores do arco-íris pra lá e Pablo Vittar tocando: foi a oitava edição da Parada LGBT.

Realizada pela AMLGBT (Associação Maringaense LGBT), o tom deste ano do evento foi político assim como tem sido nas edições passadas. Uma grande faixa no caminhão registrava a frase “Fora, Bolsonaro”. Na avaliação da presidente da AMLGBT, Margot Jung, essa população precisa ocupar os espaços públicos. E, por isso, a Parada é uma forma de chamar a atenção. 

“Maringá é muito conservadora. Um dos maiores exemplos é que nenhuma mulher foi eleita vereadora. Tinham muitas cadidatas mulheres, mas o povo maringaense não se preocupou em eleger uma mulher, não se preocupou em eleger um LGBT, então a gente precisa ocupar o nosso lugar de fala e mostrar para a sociedade que nós existimos. É um ato de resistência, contra o conservadorismo e quem sabe conseguir conquistar aos poucos que Maringá aceite a pluralidade das pessoas, das orientações sexuais e dos gêneros”, defendeu Margot em entrevista à CBN Maringá.


Após a concentração, houve uma passeata pelo centro da cidade. Por ser uma cidade polo, caravanas da região vêm até a Maringá para participar da Parada. Neste ano, grupos vieram de Londrina, Campo Mourão e até de Barbosa Ferraz. O atendente Paulo dos Reis veio com amigos de Barboza Ferraz. A Parada é o evento onde cada um pode ser o realmente é, disse ele.

Ao longo do trajeto, os participantes dançaram, pularam, gritaram contra o atual governo. Na avaliação da estudante Luisa Molina, atos como esse servem para lutar contra a discriminação e também contra quem diz que homofobia não existe.

Todos os anos, a organização da Parada escolhe uma madrinha. Nesta edição, foi a travesti Lua Lamberti, que ficou em cima do caminhão. Ela é a primeira travesti a concluir um mestrado na Universidade Estadual. E disse que para combater retrocessos o conhecimento é fundamental.

A organização estimou em ao menos cinco mil o número de participantes na 8ª Parada LGBT no início da tarde.

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