Economistas avaliam como enfrentar a ameaça de uma estagflação no país
Com a economia estagnada e a inflação disparando, o fantasma da estagflação volta a ameaçar o dia a dia dos brasileiros. Causado por efeitos inerentes à pandemia de covid-19, que afetam todas as economias do mundo de forma inédita, o cenário é agravado no Brasil pela estiagem e pela crise política. Segundo economistas ouvidos pelo Estadão, para fugir da armadilha, no curto prazo, a elevação dos juros ajudará a arrefecer a inflação a partir de 2022, mas com uma freada na atividade econômica e o desemprego elevado como efeitos colaterais. No longo prazo, a saída passa por estabilizar a crise política e avançar na agenda de reformas, dizem os especialistas.
Indicadores recentes já apontam para a combinação de estagnação econômica e inflação. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano. Projeções sugerem que o PIB ficará no zero a zero no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, o IPCA (o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE) acumulado em 12 meses chegou a 9,68% em agosto.
Para o chefe de pesquisa macroeconômica do banco Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, é possível que o quadro “de inflação alta e crescimento baixo” se mantenha por “mais alguns trimestres”, mas a duração total dependeria do grau de incertezas políticas até as eleições de 2022. “Quando essa energia da recuperação da atividade reprimida começar a se exaurir, tenho quase certeza de que vamos voltar ao crescimento medíocre de antes”, afirma.
Acelerar o crescimento passa por fazer reformas, na visão do economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini. Sem melhorar o sistema tributário e retirar tarifas de importação que dificultam a competitividade, os negócios ficam travados.
As reformas poderiam atacar também a indexação de contratos, principalmente dos serviços públicos, como a eletricidade, que pioram a “estrutura da inflação”. Os contratos de prestadores de serviços públicos têm reajustes baseados nos IGPs, índices muito influenciados pelo atacado e pelo dólar. Assim, a inflação passada contamina a futura, mesmo que a demanda esteja fraca, com a economia estagnada ou em queda. “Isso vai gerando uma perda de eficiência do poder de compra do consumidor”, diz Agostini.
Especialista em inflação e professor da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha ressalta que, após o controle de hiperinflação, nos anos 1990, a economia do País entrou num estágio de baixo crescimento com inflação mais elevada do que em outros lugares. O problema, ressalta, é que o Plano Real ficou incompleto, não avançou nas reformas fiscal, tributária e administrativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Polícia é acionada e duto que transferia água de condomínio para avenida em Pelotas é retirado
Um sistema de drenagem instalado em um condomínio do município de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para escoar a…
Um sistema de drenagem instalado em um condomínio do município de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para escoar a…
Moraes suspende resolução do CFM que dificulta aborto em casos de estupro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira, 17, uma resolução do Conselho Federal de…
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta sexta-feira, 17, uma resolução do Conselho Federal de…
Apoio dos EUA a comunidades afetadas por enchentes no RS ultrapassa R$ 1 milhão
Os Estado Unidos destinarão mais R$ 260 mil à ONG ADRA para auxiliar nas compras e distribuição de roupas de…
Os Estado Unidos destinarão mais R$ 260 mil à ONG ADRA para auxiliar nas compras e distribuição de roupas de…