Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

04 de maio de 2024

Economistas avaliam como enfrentar a ameaça de uma estagflação no país


Por Agência Estado Publicado 11/09/2021 às 21h15 Atualizado 20/10/2022 às 16h20
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Com a economia estagnada e a inflação disparando, o fantasma da estagflação volta a ameaçar o dia a dia dos brasileiros. Causado por efeitos inerentes à pandemia de covid-19, que afetam todas as economias do mundo de forma inédita, o cenário é agravado no Brasil pela estiagem e pela crise política. Segundo economistas ouvidos pelo Estadão, para fugir da armadilha, no curto prazo, a elevação dos juros ajudará a arrefecer a inflação a partir de 2022, mas com uma freada na atividade econômica e o desemprego elevado como efeitos colaterais. No longo prazo, a saída passa por estabilizar a crise política e avançar na agenda de reformas, dizem os especialistas.

Indicadores recentes já apontam para a combinação de estagnação econômica e inflação. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano. Projeções sugerem que o PIB ficará no zero a zero no terceiro trimestre. Ao mesmo tempo, o IPCA (o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE) acumulado em 12 meses chegou a 9,68% em agosto.

Para o chefe de pesquisa macroeconômica do banco Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, é possível que o quadro “de inflação alta e crescimento baixo” se mantenha por “mais alguns trimestres”, mas a duração total dependeria do grau de incertezas políticas até as eleições de 2022. “Quando essa energia da recuperação da atividade reprimida começar a se exaurir, tenho quase certeza de que vamos voltar ao crescimento medíocre de antes”, afirma.

Acelerar o crescimento passa por fazer reformas, na visão do economista-chefe da agência de risco Austin Rating, Alex Agostini. Sem melhorar o sistema tributário e retirar tarifas de importação que dificultam a competitividade, os negócios ficam travados.

As reformas poderiam atacar também a indexação de contratos, principalmente dos serviços públicos, como a eletricidade, que pioram a “estrutura da inflação”. Os contratos de prestadores de serviços públicos têm reajustes baseados nos IGPs, índices muito influenciados pelo atacado e pelo dólar. Assim, a inflação passada contamina a futura, mesmo que a demanda esteja fraca, com a economia estagnada ou em queda. “Isso vai gerando uma perda de eficiência do poder de compra do consumidor”, diz Agostini.

Especialista em inflação e professor da PUC-Rio, Luiz Roberto Cunha ressalta que, após o controle de hiperinflação, nos anos 1990, a economia do País entrou num estágio de baixo crescimento com inflação mais elevada do que em outros lugares. O problema, ressalta, é que o Plano Real ficou incompleto, não avançou nas reformas fiscal, tributária e administrativa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Aeroporto de Porto Alegre suspende operações por tempo indeterminado por causa das chuvas


O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, suspendeu por tempo indeterminado todas as operações de pousos e decolagens em razão…


O Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, suspendeu por tempo indeterminado todas as operações de pousos e decolagens em razão…

Geral

Senado recebe projetos de ‘Lei Joca’ para regulamentar transporte de animais de estimação


Motivados pela morte do cão Joca, no último dia 22, durante um vôo realizado pela Gollog, empresa de transporte de…


Motivados pela morte do cão Joca, no último dia 22, durante um vôo realizado pela Gollog, empresa de transporte de…

Geral

Desembargador manda prender motorista do Porsche


O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que causou…


O Tribunal de Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que causou…