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05 de maio de 2024

Calheiro não precisa de cavalo


Por Gilson Aguiar Publicado 03/05/2019 às 12h07 Atualizado 21/02/2023 às 10h25
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Os que têm mais de 30 tiveram como sonho, ao chegar os 18 anos, dirigir. Ter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tirada quase que ao mesmo tempo em que a carteira de identidade. Hoje se tira o Registro Geral (RG) na infância. Mas a CNH tem perdido prestígio. Um levantamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostra que entre 2014 e 2017 a procura pela emissão da “carteira de motorista” caiu 20,61%. Saiu de 1,2 milhão de emissões para 939 mil.

Os fatores são diversos. Vão, de imediato, desde o custo da emissão da CNH ao custo de manutenção do automóvel. Também, a mudança da cultura da mobilidade, a afirmação da virilidade, da independência, ao qual o automóvel já foi relacionado está em decadência. Os aplicativos também são responsáveis por esta mudança. Eles permitem a despreocupação dos jovens com os inconvenientes do trânsito. Também, acabam por abrir espaço para a ingestão de bebida alcoólica sem ter que colocar em risco a vida de ninguém dirigindo.

Estamos vivendo uma mudança cultural. Ela deve acelerar e ampliar os efeitos nos próximos anos. As cidades devem se preparar para isso. Temos que continuar desestimulando o uso de automóveis e incentivar outros aplicativos. Valorizar o deslocamento com mais segurança, diminuir o número de mortes no trânsito. Ou seja, o futuro aponta para um comportamento mais civilizado nas vias públicas.

Na minha geração, sou um cinquentão, o carro já foi uma idolatria. Ainda, para muitos desta geração a qual pertenço. Ter um automóvel é adquirir uma extensão do corpo. Agora, estamos desembarcando desta pele. Eu mesmo já estou abandonando o automóvel, usando aplicativos e bicicleta para o deslocamento. Uma revolução. Voltei para o selim da bike. Faz bem a saúde e, inacreditavelmente, em alguns casos e percursos, você chega mais rápido do que se estivesse de carro.

Desta forma, não há como não acreditar que o futuro da cidade será mais saúde no trânsito. Isso deve voltar a ser visto nas imagens de pessoas menos obesas, que reaprendem a se deslocar à pé ou pedalando. Que voltam a movimentar o seu corpo e ter uma vida longeva. O futuro será extenso com o abandono do carro e a convivência humana no ir e vir da cidade.

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