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09 de maio de 2024

Com fim do El Niño, o que o produtor pode esperar do fenômeno climático La Niña?


Por Redação GMC Online e CBN Maringá Publicado 29/03/2024 às 08h14
 Tempo de leitura estimado: 00:00
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O que esperar do fenômeno climático La Niña? Foto: Ilustrativa/IDR

A chegada do fenômeno climático La Niña, que dará lugar ao El Niño, provocará muitas mudanças no clima. Em em entrevista ao CBN Rural, o meteorologista Luiz Renato Lazinski falou sobre as tendências que irão marcar o fenômeno e como os produtores serão afetados pelas mudanças – veja no fim da matéria o vídeo com a entrevista completa com o meteorologista,

O que esperar do La Niña?

O meteorologista destaca que o El Niño já está praticamente indo embora, já está perdendo força. “Agora até o final do mês ele vai embora e a partir de abril nós vamos ter uma situaçãõ que nós chamamos de neutralidade climática: nem El Niño nem La Ninã”.

A previsão é de que a La Niña seja bastante forte e fique mais intensa no inverno. Segundo o meteorologista, o fenômeno não deverá ser tão intenso quanto no passado, mas deve influenciar o clima ao longo de toda a safra de inverno, “principalmente nessas áreas mais altas aqui do centro sul do Paraná, com as culturas de inverno, como trigo, cevada, e deve influenciar também o clima para a nossa safra de verão, que começa a partir de setembro, entáo essa La Niña vem a partir de maio, começa a se instalar, claro, lentamente, mas é uma La Niña de intensidade que nós estamos prevendo, de moderada a forte, e eu acredito que ela dure também um ano, não deve ser muito prolongada”, disse.

“Então, o que nós temos visto são essas irregularidades no clima: muito calor, tivemos essa frente fria que entrou ao longo do fim de semana passado, a temperatura já diminuiu um pouco mais e essa frente fria foi muito boa para o clima, principalmente do centro oeste, tem chovido bem ali no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins, e vai continuar chovendo, mas a tendência de agora em diante é de que as chuvas fiquem bastante irregulares”, relatou.

A tendência, portanto, é de que a partir de abril e maio as chuvas diminuam. “Normalmente nessa região norte, centro norte do Paraná e central do Brasil já se tem uma diminuição de acúmulo das precipitações. A tendência é que diminua um pouco mais. Vai chover, mas as chuvas devem ficar abaixo da média, muito irregulares e muito mal distribuídas”.

Os impactos para o produtor

De acordo com o meteorologista Luiz Renato Lazinski, para o milho safrinha pode haver algum problema, justamente pelo fato de que em anos de La Niña a chuva é irregular e são registrados veranicos. “Então o período entre uma chuva e outra pode demorar bastante e isso pode ser uma clima não tão bom para o milho safrinha, mas por outro lado um clima extremamente favorável para as culturas de inverno, como o trigo, por exemplo, que gosta de um clima mais seco, e a cevada. Como é um clima mais seco, eu acredito que é um clima extremamente favorável para o trigo, e talvez o milho safrinha, em uma ou outra região do Paraná, norte, noroeste do estado, possa sofrer um pouquinho, pela irregularidade dessas chuvas e também pelos veranicos serem mais prolongados a partir de abril”, explica.

Então o que o agricultor pode esperar? “Para nós, o La Niña, no centro sul da América do Sul, no Paraná especificamente, é um clima bastante favorável às lavouras de inverno, um clima mais seco em que as lavouras de inverno se desenvolvem melhor, mas para as lavouras de verão ele não é tão bom por causa desses veranicos. Por outro lado, as lavouras, por exemplo nas áreas mais ao centro e norte do Brasil são extremante favoreis às lavouras de verão. O Brasil é um país muito grande, favorece para um e nao é tão favorável para outro. Então com o La Niña aqui para nós no Paraná e centro sul do Brasil nós podemos ter um clima talvez não tão favorável à nossa próxima safra de verão”.

Veja o vídeo com a entrevista completa com o meteorologista

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