Maringá é a considerada 43° cidade mais Inteligente do Brasil
Desde 2015, a empresa de consultoria Urban Systems vem desenvolvendo o Ranking Connected Smart Cities, que tem como propósito estimular a inovação no setor público através da discussão, da troca de informações e a difusão de ideias entre governo, entidades e empresas, focando atender as necessidades do cidadão consciente, visando que as cidades brasileiras possam tornar-se mais inteligentes e conectadas.
O índice analisa 74 indicadores, distribuídos em 11 eixos temáticos, identificando as cidades mais inteligentes em setores como: mobilidade, urbanismo, saúde, educação, economia, TIC, meio ambiente, segurança, empreendedorismo, governança e energia. A nota do índice, vai de 0 a 100, quanto mais próximo de 100 mais bem avaliado é o município.
Segundo o Ranking Connected Smart Cities, edição 2023, realizado pela empresa Urban Systems, com todas as cidades brasileiras com mais de 50 mil habitantes, Maringá é a 43° cidade brasileira mais inteligente do Brasil no ano de 2023 com uma nota de 30,94 pontos, perdendo 23 posições quando comparado com o ano de 2022, quando estava na 20° posição no ranking nacional. Veja Figura 1 a seguir:
Figura 1: Evolução do Ranking Connected Smart Cities
No Paraná, Maringá ocupa a 4° posição em 2023, em 2022 ocupava a 2° posição no ranking paranaense, sendo ultrapassada por Londrina e Pato Branco, que ocupam a 2° e 3° posição no ranking paranaense de 2023. Mas está melhor posicionada que as principais cidades do interior do Paraná como: Pinhais, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais.
Evolução dos rankings por Eixo
A Figura 2 e 3, a seguir apresenta a evolução dos rankings de Maringá por Eixo temático, entre a edição de 2022 e 2023.
Analisando a evolução dos 10 Eixos temáticos temos que:
⦁ Melhoramos nossa posição no ranking em 4 Eixos: MOBILIDADE, MEIO AMBIENTE, ECONOMIA E EMPREENDEDORISMO.
⦁ Mantivemos nossa posição em 3 Eixos: SEGURANÇA, GOVERNANÇA E EDUCAÇÃO.
⦁ Pioramos nossa posição em 3 Eixos: URBANISMO, TI E SAÚDE.
Figura 2: Evolução dos rankings por Eixo: MOBILIDADE, URBANISMO, MEIO AMBIENTE, TIC, ECONOMIA E SAÚDE
Quando analisamos individualmente a evolução dos 74 indicadores avaliados, verifica-se que Maringá piorou em 13 indicadores apenas, tendo melhorado nos outros 61. Os indicadores que apresentaram piora são:
⦁ Agendamento online de consultas na rede pública, identificado como não existente;
⦁ Lei do Plano Diretor atualizada, ainda no processo de revisão;
⦁ Lei de Uso de Ocupação do Solo atualizada, ainda no processo de revisão;
⦁ Sistema de Iluminação pública Inteligente, identificado como não existente;
⦁ Crescimento no número de MEIs, reduziu em relação a edição de 2022;
⦁ Crescimento do PIB per capita, reduziu em relação a edição de 2022;
⦁ Taxa de abandono escolar na rede pública (Ensino médio), aumentou em relação a edição de 2022;
⦁ Homicídios por 100 mil habitantes, aumentou em relação a edição de 2022;
⦁ Óbitos por mil nascidos vivos, aumentou em relação a edição de 2022;
⦁ Leitos por mil habitantes, reduziu em relação a edição de 2022;
⦁ % de automóveis por mil habitantes, aumentou em relação a edição de 2022;
⦁ Idade média da frota de veículos, aumentou em relação a edição de 2022;
⦁ N° de conselhos complementares, teve uma redução em relação a edição de 2022.
Reflexão
No geral, apesar de termos caído no ranking, Maringá está muito bem posicionada em relação aos municípios brasileiros, sendo importante destacar que os indicadores individuais (74 indicadores) utilizados para a construção do índice representam as últimas informações disponíveis no ano de coleta, que foi em 2023. Desta forma muitos indicadores são de 2020, 2021 e 2022, o que pode não mais refletir a atual realidade de nossa cidade.
No entanto a pesquisa nos mostra quais são os maiores desafios de Maringá em termos de Cidade Inteligente, com destaque para quatro pilares em especial: Segurança, Governança, Educação e Urbanismo, onde não aparecemos entre os 100 melhores municípios. Importante avaliar individualmente os indicadores que fazem parte de cada eixo, e desenvolver ações para melhorá-los. Estudar as cidades que possuem a melhor posição em relação aos indicadores onde estamos ruins e entender o que estas cidades fazem de diferente pode ser um começo.