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17 de maio de 2024

O perigo de rotular


Por Gilson Aguiar Publicado 05/10/2022 às 11h46 Atualizado 19/10/2022 às 11h06
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Pixabay

Quando abordamos o atual momento no país fica muito claro o quanto colocar rótulos ficou comum. Para raciocinar uma determinada questão, articular posicionamentos, o rótulo se transformou em uma definição prévia e generalizadora, o que é muito perigoso.

Alguns termos como “evangélicos” ficaram associados a “direita” e todo defensor de direita se transformou em bolsonarista. Do outro lado, defensor da esquerda virou comunista e associado a pautas sociais. Basta você falar que condena a desigualdade e acredita na necessidade de políticas sociais e públicas para reduzir a desigualdade de renda que te taxam de “comunista”.

Falta esclarecimento, sem dúvida.

Mas isso vai se resolver? Não.

As pessoas preferem o rótulo mesmo. Assim elas podem lidar com mais facilidade com o que não tem interesse ou capacidade de compreender pelo tempo que exigiria conviver com a complexidade. Assim, o pragmatismo é sempre um facilitador e tem muitos adeptos.

Não existe uma forma mais fácil de ajudar uma pessoa a se posicionar do que você separar o mundo entre “bandidos” e “mocinhos”, colocar as características de cada um, e mostrar de que lado você está. Lembrando que os bandidos têm como principal perfil não serem como os mocinhos, ou seja, todo aquele que é diferente, “não presta”.

Logo, esta tendência de rotulação não vai se acabar tão cedo. Para dois terços da sociedade é assim que podemos compreender a vida e desta forma que a vida se leva. Querem gostem ou não.

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