Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

02 de maio de 2024

IBGE: Desigualdade no mercado de trabalho sobe em 2023 com recuperação dos mais ricos


Por Agência Estado Publicado 19/04/2024 às 10h28
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A desigualdade no Brasil subiu em 2023 puxada pelo aumento da renda de trabalhadores com nível superior, constatou a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) 2023: Rendimento de todas as fontes, divulgada nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O rendimento dos 10% mais ricos saltou 10,4%, enquanto a fatia dos 10% com menor rendimento na população teve avanço de 1,8% frente ao ano anterior.

“Em 2023, o décimo da população ocupada com melhores rendimentos teve maior expansão em relação à média, enquanto o décimo da população com menores rendimentos teve o menor crescimento em relação a 2022. Mesmo assim, o Gini continua abaixo do período pré-pandemia”, informou o analista do IBGE Gustavo Fontes.

O índice Gini do trabalho – indicador que mede a desigualdade de renda, numa escala de 0 a 1, em que, quanto mais perto de 1 o resultado, maior é a concentração de riqueza -, atingiu 0,494 em 2023, depois de ter caído para 0,486 em 2022, menor índice da série histórica. Em 2019, antes da pandemia, o indicador estava em 0,506.

A região Sul permaneceu com o menor índice, de 0,432, enquanto a região Nordeste apresentou o maior patamar, de 0,509, mantendo-se como a região com a distribuição de rendimentos de trabalho mais desigual no País.

“Principalmente na comparação com 2022, houve uma recuperação do rendimento da população com nível superior completo e dos empregadores. A gente observou que o mercado de trabalho, nesse último ano, de certa forma, favoreceu a população com nível superior completo”, explicou Fontes.

Segundo o pesquisador, a camada da população de nível superior teve queda de rendimento no período da pandemia, mas no ano passado se beneficiou com a recuperação geral do mercado de trabalho, sendo que o setor que mais cresceu foi o de serviços mais sofisticados, como financeiro, comunicação, informação e administrativo, cujo rendimento médio do trabalho é maior.

Entre os cinco estados com o maior índice de Gini estão Piauí (0,587), Paraíba (0,584) e Rio Grande do Norte (0,517), no Nordeste, mas a lista também inclui o Distrito Federal (0,540) e o Rio de Janeiro (0,519), destacou Fontes. “São UFs (Unidades Federativas) que têm rendimento médio elevado, mas que também tem o nível mais alto de desigualdade no mercado de trabalho”, ressaltou.

Já Santa Catarina apresentou o menor índice Gini de rendimento de trabalho (0,395), seguida de Rondônia (0,426), Mato Grosso (0,434), Paraná (0,438) e Acre (0,448). São Paulo registrou um índice perto da média, com 0,487, informou o IBGE.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

CNS pede que decisão do STF que suspendeu desoneração da folha passe a valer a partir de agosto


A Confederação Nacional dos Serviços (CNS) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a decisão do ministro Cristiano…


A Confederação Nacional dos Serviços (CNS) enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que a decisão do ministro Cristiano…

Economia

Taxas de juros recuam com sinais menos duros do BC norte-americano


O mercado futuro de juros doméstico volta do feriado de 1º de Maio ajustando as taxas para baixo, um dia…


O mercado futuro de juros doméstico volta do feriado de 1º de Maio ajustando as taxas para baixo, um dia…

Economia

Piora no resultado do setor externo em março reflete balança, serviços e renda, destaca BC


O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quinta-feira, 2, que o déficit do setor…


O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta quinta-feira, 2, que o déficit do setor…