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01 de junho de 2024

Casos de sífilis preocupa Secretaria de Saúde de Maringá


Por Geovan Petry/CBN Maringá Publicado 30/09/2022 às 18h14 Atualizado 20/10/2022 às 19h59
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Arquivo: PMM

A Secretaria de Saúde de Maringá está preocupada com o aumento de casos de sífilis. A sífilis é uma infecção bacteriana transmitida através de relações sexuais. De acordo com dados da prefeitura, em 2020, foram notificados 373 casos. Em 2021, 402 casos. Neste ano, nos seis primeiros meses, 202. A maioria em homens entre 19 a 39 anos. A prevalência da doença em homens é de 78,5% dos casos

Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, a região da Unidade Básica de Saúde (UBS) Zona 7 foi a que mais teve registros de casos sífilis em Maringá, com 15 notificações. Em seguida, a Policlínica Zona Sul, com nove casos da doença. Na sequência, aparece a Zona 6, também com nove casos, e as UBSs Universo e Morangueira, com sete notificações cada. As UBSs Floriano e Céu Azul não registraram casos de sífilis.

A gerente de epidemiologia da Secretaria de Saúde, Maria Paula Botelho, fala que, diante desses dados, os profissionais buscaram entender os motivos e as regiões em que há predominância de casos.

“Nós fizemos um geoprocessamento dos dados. Isso é avaliar quais regiões da cidade e qual a população que é mais acometida pela sífilis, porque algumas unidades de saúde notificaram mais do que a média nacional, que é uma média de 5.4 casos por 10 mil habitantes. […] A unidade de saúde zona 6 tem 11.85 casos por cada 10 mil habitantes, então é mais que o dobro da média nacional”, diz Maria.

Existem também casos que acontecem em gestantes. Maria Paula alerta que geralmente a mulher cuida e o parceiro, não.

“Uma das coisas que acontecem com gestante é que a gestante trata mas o parceiro não trata. Se o parceiro não tratar, a gestante vai se reinfectar, porque a doença não vai levar a uma imunidade, como é o caso da covid, fica três meses imune”, alerta Maria.

A Secretaria de Saúde vai intensificar as ações contra a doença com a realização de testagens. E em caso de dúvidas, as pessoas devem ir até uma Unidade Básica de Saúde para realizar o teste e fazer o tratamento.

Como a sífilis primária é mais discreta, com o surgimento de úlceras ou feridas que acabam por desaparecer posteriormente, as pessoas acabam não procurando atendimento médico. É muito importante que a população esteja atenta a qualquer sinal, como explica a gerente de epidemiologia, Maria Paula Botelho. 

“Se a pessoa teve relação sexual sem o uso de preservativo, é importante que faça a testagem para sífilis e para outras infecções sexualmente transmissíveis, porque essas infecções muitas vezes são assintomáticas e só vão ter sintomas quando a doença já tiver agravando, com bastante comprometimento sistêmico. Então […] faça o teste. O teste da sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis estão disponíveis gratuitamente em todas as unidades básicas de saúde de Maringá. E o tratamento para sífilis é um tratamento tranquilo, é com a utilização de antibiótico e é disponível pelo sus, gratuitamente”, explica Maria.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

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