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29 de abril de 2024

Conheça os chefs de Maringá que fazem sucesso na gastronomia nacional e internacional


Por Fábio Guillen Publicado 18/07/2021 às 11h36 Atualizado 20/10/2022 às 12h01
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Alberto Landgraf, chef do Oteque, no Rio de Janeiro – Foto: Divulgação Oteque

Eles cresceram e estudaram no mesmo colégio em Maringá por muitos anos. E, por uma coincidência da vida, escolheram a mesma profissão: chef de cozinha. O que não foi coincidência é a coleção de prêmios que o chefs de Maringá Alberto Landgraf, 41, e Manu Buffara, 37, receberam pela qualidade e talento na cozinha. 

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Os dois conhecidos de infância do Colégio Regina Mundi, de Maringá, se tornaram referência nacional em gastronomia e estão conquistando, a cada dia mais, o paladar e o bom gosto dos brasileiros que apreciam um prato preparado com amor e talento. 

Atualmente, os dois chefs de Maringá estão na lista dos mais influentes do mundo. Alberto Landgraf carrega duas estrelas Michelin pelo Oteque, no Rio de Janeiro, e já recebeu o mesmo prêmio quando era proprietário do Epice, em São Paulo. Alberto e Manu estão na lista do Latin America’s 50 Best Restaurants e do The Best Chef Awards. 

A premiada chef Manu Buffara, nasceu e cresceu na Cidade Canção, onde a família ainda possui uma fazenda – Foto: Divulgação / Manu

Alberto Landgraf deixou Maringá logo após terminar o ensino médio. O sonho era fazer um intercâmbio por Londres, onde acabou ficando por muitos anos. Na Europa, descobriu que sua vocação seria a gastronomia e, quando voltou ao Brasil, abriu seu primeiro restaurante, o premiadíssimo Epice, em São Paulo, em 2011. Landgraf disse ao GMC Online que o restaurante tinha apenas 30 lugares e se tornou o queridinho de São Paulo em pouco tempo. 

“Foi sucesso imediato de público, premiação e como negócio. Era uma época que São Paulo olhava para restaurantes muito grandes e a gente veio com um restaurante de 30 lugares e a crítica veio muito forte em cima da gente. Naquela época não tinha como divulgar no instagram, tinha que ser no boca a boca, na paciência e na raça. Só que o nosso a gente conseguiu que os críticos viessem muito rápido e explodiu”, contou Alberto Landgraf. 

Mesmo à frente de um dos restaurantes mais premiados do Brasil, cerca de 30 prêmios nacionais e internacionais, Alberto queria novos desafios e decidiu deixar o Epice e ficar cerca de dois anos longe dos holofotes, no Rio de Janeiro. Após se reinventar, abriu em 2018 um novo restaurante no Rio, o premiado Oteque, no Botafogo. 

Mesmo com pouco tempo e com todos os problemas causados pela pandemia, o Oteque conquistou o Brasil e já recebeu duas estrelas no Guia Michelin e está em 12º lugar no Latam 50 Best Restaurants. Landgraf construiu o Oteque em um antigo casarão de 1938 que foi todo planejado para combinar com a criatividade e sofisticação da cozinha de Alberto. A casa trabalha com ingredientes de alta qualidade, principalmente peixes e frutos do mar, com inspiração na pureza da natureza, por meio de técnicas minimalistas que se refletem não apenas no menu, mas no serviço. O restaurante de Landgraf virou referência nacional. 

Restaurante Oteque, no Rio de Janeiro – Foto: Divulgação

Alberto é muito apaixonado pelo que faz e realizado profissionalmente. Durante sua trajetória na cozinha conseguiu criar uma assinatura única que evidencia um claro equilíbrio entre três elementos: acidez, textura e temperatura. Ele acredita que isso faz toda diferença na carreira e no preparo dos pratos em seu restaurante no Rio de Janeiro. 

“Se tudo desse errado na minha vida profissional daqui para frente eu ainda não teria do que reclamar. Sair do Paraná e ter um dos melhores restaurantes de São Paulo e um dos melhores do Rio de Janeiro e ambos serem citados entre os melhores do Brasil é muito gratificante. Me deixa bem feliz mesmo”, disse. 

Prato assinado pelo chef Alberto Landgraf – Foto: Divulgação

O chef é apaixonado pela cidade em que cresceu e estudou, Maringá, onde ainda mora uma parte da família e os amigos. Alberto não descarta a possibilidade de no futuro ter um restaurante em Maringá. “Vamos ver as surpresas que a vida vai me trazer. Gostaria muito de voltar sim e passar minha velhice e minha aposentadoria perto das pessoas que amo muito e que estão aí”, explicou Alberto Landgraf. 

Da infância em fazenda de Maringá para a lista das melhores chefs do mundo: conheça a trajetória da premiada Manu Buffara

A busca de Manu é sempre por ingredientes locais e sazonais – Foto: Divulgação

Uma fazenda na zona rural de Maringá foi o início de tudo. A premiada chef Manu Buffara, nasceu e cresceu na Cidade Canção, onde a família ainda possui uma fazenda. E foi justamente nesta propriedade que Manu começou a entender a importância do cultivo de ingredientes locais e o sabor que isso provoca quando se usa a criatividade. 

Manu Buffara foi eleita recentemente a chef em ascensão no The Best Chefs Award. Na mesma disputa, conseguiu a posição 55ª na lista dos 100 melhores chefs do mundo. Manu disse que é apaixonada por Maringá e muito grata às origens. 

“Maringá foi a cidade onde passei toda minha infância. A fazenda do meu pai é pertinho daí. Então me lembra muito a cidade e essa conexão com a terra. Foi onde eu tive tudo, né? Aprendi com meu pai o uso do pequeno produtor, do ingrediente, dos vegetais e tenho um carinho enorme pela cidade. Meu pai continua morando aí”, disse Manu Buffara em entrevista ao GMC Online. 

A chef que cresceu em Maringá é dona do restaurante Manu, em Curitiba, um dos mais premiados no Brasil. O Manu ganhou o One to Watch Award (“Para Ficar de Olho”) dos 50 Melhores Restaurantes da América Latina. A chef coloca diariamente no Manu sua alma e coração na produção de pratos totalmente autorais e com produtos locais e sazonais. Os pratos de Manu vão muito além de sabor e sentido. A chef está sempre pesquisando ingredientes que fazem a diferença no paladar. 

Berinjela e lagostim por Manu Buffara – Foto: Rubens Kato

Manu Buffara já trabalhou com cozinheiros renomados como o dinamarquês René Redzepi (Noma) e Grant Achatz (Alinea, nos Estados Unidos). Desde 2011 à frente do Manu, em Curitiba, a chef se diz muito orgulhosa do trabalho que realiza na capital. 

“Eu acho que o Manu se tornou premiado acho que pela filosofia de trabalho que a gente tem, pelo que eu acredito, pelas mudanças que eu acredito que o alimento pode fazer. Eu acho que o alimento pode mudar o mundo, né, a gente pode através do alimento fazer muitas mudanças. O Manu não só serve comida, ele serve história, ele serve criatividade, cultura, amor e técnica”, contou a chef. 

Agora, Manu Buffara se prepara para voos mais longos. A chef está nos preparativos para inaugurar um restaurante em Nova Iorque. O restaurante vai se chamar Ella e Manu pretende levar a identidade da gastronomia paranaense e brasileira para o mundo. 

“É um restaurante novo, é uma outra parte da Manu que vai ser aberto em Nova Iorque, um menu curto onde vai ser mudado de temporadas, mas é um menu um pouco com a minha alma, com todo carinho que eu tenho, com o carinho pelo ingrediente, com a técnica brasileira e vamos usar produtos de lá. É um projeto que foi criado não só para ser um Ella mas que a gente possa ter Ellas em todos os lugares do mundo. É um desafio novo, acho que a gente precisa de desafios, e estou muito feliz de ter esse desafio para 2022 que é quando o Ella inaugura”, disse empolgada com o novo projeto. 

Foto: Divulgação

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