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20 de maio de 2024

Médico responsável por cirurgia estética vai a júri popular por morte de paciente em Maringá


Por Evandro Mandadori Publicado 27/04/2022 às 20h45 Atualizado 20/10/2022 às 20h15
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Médico responsável por cirurgia estética vai a júri popular por morte de paciente em Maringá
Andreia Beltrame Serconek que morreu em um procedimento de uma clínica estética em Maringá. Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

Andrea Beltrame Serconek da Costa, de 28 anos, morreu em março de 2006, após ter complicações em uma clínica de estética em Maringá. A empresária procurou um médico cirurgião plástico para colocar silicone nos seios e fazer uma lipoaspiração. A cirurgia realizada no hospital deu certo, mas cerca e 11 meses depois foi preciso realizar alguns procedimentos de retoque nos seios.

No segundo procedimento que aconteceu em uma clínica, Andreia Beltrame sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi encaminhada ao hospital, mas morreu instantes depois. O médico responsável foi acusado criminalmente por erro médico e dolo eventual, que é quando se assume o risco. Após 16 anos da morte da empresária, o júri do médico Alvaro Fabiano Martins de Carvalho está acontecendo nesta quarta-feira, 27, no Fórum de Maringá.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), a clínica onde os retoques da cirurgia aconteceram tinha apenas estrutura para realizar exames e não procedimentos invasivos. Além disso, de acordo com o MP, não foram encontrados equipamentos disponíveis na clínica para fazer a reanimação da vítima. A reanimação com o equipamento desfibrilador só aconteceu com a chegada dos socorristas do Samu.

Defesa

Já o advogado de defesa do médico, Adriano Bretas, em entrevista para a imprensa, afirmou que o profissional fez tudo o que era possível para salvar a mulher. “É um absurdo essa acusação que sustenta que o médico não tinha nenhuma importância para com a morte da paciente. Todos os procedimentos foram tomados: respiração boca a boca, massagem cardíaca, respiração com ambu, acionamento do Samu… e ele permaneceu ao lado da paciente até o último minuto. Agora querem classificar isso como assassinato, isso é um absurdo”, concluiu o advogado.

Conselho Regional de Medicina

Ainda conforme as informações do MP, o Conselho Regional de Medicina apontou que o médico errou ao fazer fazer o procedimento em uma clínica, só que mesmo assim, ele ainda está autorizado a exercer a profissão.
Andreia Beltrame deixou um filho e o marido. O júri deve se estender até o final da noite desta quarta-feira.

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