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09 de maio de 2024

Projeto de sinal de internet que chega pela luz de LED está próximo de se tornar realidade


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 26/08/2020 às 13h14 Atualizado 25/02/2023 às 08h05
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Linnyer Beatrys Ruiz Aylon em entrevista para a CBN Maringá

Parece ficção científica, mas o sinal de internet que chega pela luz de LED é um projeto de microeletrônica que está bem perto de se tornar realidade. A informação é da professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Linnyer Beatrys Ruiz Aylon, a primeira mulher a assumir a presidência da Sociedade Brasileira de Microeletrônica (SB Micro) em 50 anos de existência. 

A internet pela luz de LED é apenas um exemplo de projetos que estão sendo desenvolvidos por profissionais da microeletrônica. “Imagina, ela tem a velocidade da fibra para te proporcionar uma internet muito rápida, com um largura de banda muito boa sem você usar a fibra. Isso é um tema de pesquisa muito próximo da realidade e é importante a gente dominar”, explica a professora.

“É um diferencial competitivo muito bom e tem um potencial muito grande para o País produzir de LED e de usar a tecnologia de LED. Quantas cidades inteligentes podem vir se essas lâmpadas com iluminação pública usando LED”, complementa.

Como funciona a microeletrônica?

Segundo a professora da UEM, tudo se inicia com um projeto com um dispositivo semicondutor a partir do silício. Depois de um refinamento feito, vai dar a origem para o que é chamado de waffer. “Nele você vai desenhar o circuito que você quer ter, tudo que você olhar, você vai instintivamente conseguir identificar como um objeto, uma matéria da microeletrônica. O controle de TV, o controle de seu portão, ela está usando eletrônica e quando ela tiver ali, o que a gente chama de circuitos integrados, ela está usando a microeletrônica”, diz Linnyer.

“É um universo não visto a olho nu, não reconhecível. É importante para o país ter domínio disso é importante para o país estar em posição de igualdade no mundo na fabricação desses dispositivos”, defende.

Segundo a professora, a microeletrônica é uma área da engenharia elétrica. “Nós temos mestrado e doutorado em microeletrônica, a gente tem um programa de pós-graduação e ela tem essa formação. Durante a graduação, meus alunos trabalham muito afinados, tanto em computação, quanto em engenharia elétrica, na interseção das duas áreas”, explica.

Mulheres na microeletrônica

Como presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica, um de seus projetos que estão sendo alavancados conta a história de mulheres que estão na microeletrônica, que tem contribuições para área e são desconhecidas. “A gente desconhece porque a área tem pouca visibilidade, é uma hora da gente falar um pouco mais disso”.

Ela diz que decidiu que queria ser cientista com quatro anos de idade. “Na década de 70, eu tinha quatro anos, eu vi a história da Laika que foi lançada no espaço no Sputinik II e os russos não contaram o que aconteceu com a Laika naquela ocasião. E eu disse: ‘O que que precisa para buscar essa cachorra? Como que alguém lança algum bicho e não traz?’. E me falaram: ‘tem que saber eletrônica, tem que ser cientista, só assim para buscar a Laika’. Eu, com quatro anos, falei: ‘Eu vou buscar a Laika’”, relembra a agora presidente da SB Micro.

Ela diz que na época era impossível imaginar que uma mulher morando em Cianorte (a 80 quilômetros de Maringá) pudesse ser uma cientista. “Mas foi o que me levou a estudar muito, estudei em escola pública. Fui fazer uma faculdade de engenharia, porque eu queria ser cientista”.

Trabalho a frente da presidência da Sociedade Brasileira de Microeletrônica

A professora diz que as áreas de microeletrônica e computação são prioritárias para o desenvolvimento, pois têm um impacto muito grande na balança comercial. “A sociedade tem sempre como objetivo primordial alavancar essa área, promover. Isso vai desde projetos com empresas, desde apoio de startups de hardware que precisam produzir o hardware que fará parte dessas soluções modernas que vem em sistema discutidos e também promover a formação de uma nova geração de engenheiros em microeletrônica. De pessoas prontas para responder esses novos desafios da sociedade 4.0”, completa.

Assista à entrevista completa:

Ouça na CBN Maringá.

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