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03 de maio de 2024

Confiança não tem preço


Por Gilson Aguiar Publicado 23/04/2020 às 10h17 Atualizado 23/02/2023 às 09h09
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A beira da estrada uma vendinha sem vendedor. Nela, produtos orgânicos e livros. Preço acessível dos produtos contrasta com a confiança. Se há alguma vigilância anunciada é um cartaz dizendo “você está sendo filmado por Deus”. Esta barraca simples de madeira não é um objeto de retórica de um conto é fato.

Instalada na BR 317, ela foi ideia de um casal de produtos agrícola aposentados. Ele artesão e ela professora e escritora. Os dois dizem apostar na confiança. Na barraca os alimentos podem ser adquiridos por um preço típico de feira, a partir de R$ 5,00. Para pagar os produtos é só colocar o dinheiro em uma caixa de madeira.

Preocupados com a pandemia e cuidando da higiene, o casal instalou na barraca álcool em gel e uma pequena pia com água e sabão. Um cartaz pede para higienizar as mãos antes de tocar nos alimentos.
Todos os dias, Vera Fávero Margutti, 59 anos, e Elcio Margutti, 64 anos, passam para recolher o dinheiro e repor os produtos. Já chegaram e encontraram a barraca saqueada, roubada. Mas não desistem. O retorno dos que respeitam a iniciativa é maior e alimenta o ato de confiança nas pessoas.

É nisso que se resume esta ação, confiança. Por mais que alguns respondam se aproveitando, há os que reforçam e demonstram que a merecem. Os valores que nós tanto queremos preservar e propagar como confiança, respeito, solidariedade, justiça, honestidade, enfim seja o que for, se ele for praticado. Se fizemos para os outros na demonstração de que estamos dispostos a ser e nos comprometer com o que acreditamos. Isto é que provoca a mudança.

Parabéns ao casal, honrados no que fazem e pelo que fazem. Agem e não se acomodam na condição confortável de críticos se ação. Praticam e sustentam com o ato o valor que defendem. São eles que provocam a mudança enquanto a grande parte idolatra a desconfiança para se manter crítico e distante da necessidade de agir. Acreditar no ser humano e se relacionar expressando o que se acredita e convidando as pessoas a prática.

O engraçado é que a vendinha está a beira da estrada, em meio ao caminho, cruzando como possibilidade o caminho de muitos e fazendo a diferença na vida de alguns. Uma oportunidade de alimentar e ser alimentado pela confiança, mais do que os produtos que são vendidos.

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