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29 de abril de 2024

Desenhos musicais de Ana Frango Elétrico


Por Rafael Donadio / Coluna "Ao pé duvido" Publicado 30/05/2019 às 20h00 Atualizado 22/02/2023 às 16h27
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não me atrevo a definir um gênero musical específico para o trabalho da carioca Ana Frango Elétrico. O que ela produz me impacta de diferentes maneiras a cada vez que escuto. Algo parecido com a euforia dos meus sobrinhos ao assistirem pela milionésima vez desenhos como Bob Esponja, Larva, Rick and Morty ou Tuca & Bertie.

O surrealismo, psicodelia e histórias nonsenses dessas animações despertam alguma droga alucinógena que as crianças parecem produzir naturalmente. Deve ser algum órgão que, infelizmente, atrofia quando envelhecemos, mas que pode ser fortalecido com a audição de obras como o álbum debute de Ana: “Mormaço Queima” (2018).

https://www.youtube.com/watch?v=c73pe4-Xxxg

Um bom exemplo de Música Torta Brasileira (MTB). Estranha e surreal da forma mais bela e divertida. E tudo tende a melhorar quando aguçamos nossos sentidos: aquela abaixada de cabeça para chegar mais perto da caixa de som, como se tivéssemos um terceiro ouvido na nuca – assim ensinou o mestre Hermeto Pascoal. Dessa forma, muitas peças que pareciam desencaixadas se ajustam e tudo fica ainda mais bonito.

Camadas e mais camadas musicais pintando a imaginação de diferentes cores e formatos. É o êxtase sinestésico que “Mormaço Queima” nos proporciona, responsável pela liberação de ácido lisérgico endógeno.

O disco foi produzido por Ana Fainguelernt (a própria Frango Elétrico), Guilherme Lirio, Gustavo Benjão, Marcelo Callado e Thiago Nassif. São sete músicas, compostas pela artista desde os 16 anos de idade, quando “não havia pretensão de tirá-las de seu quarto”. Agora, aos 21, já tirou e mostrou ao mundo todo.

“Um álbum/pintura horizontalmente produzido. Saturado, com texturas, gostos e cores. Uma bossa-pop-rock com desenho animado, onde os cinco (Ana e os outros produtores) coloriram as bases/desenhos sem click de voz e a guitarra de Ana. É recomendado comer algo azedo e doce ao mesmo tempo (por exemplo, uma bala de tamarindo), tirar o relógio do pulso e ouvir de fone de ouvido”, define Ana.

Outras composições de Ana Frango Elétrico podem ser conferidas na coletânea “Xepa/Nata”, que se propôs a fazer um registro da cena musical do atual momento do Rio de Janeiro, com cinco artistas: Ana Frango Elétrico, Crusader de Deus, Exército de Bebês, Nitú e Os Dentes. Ou na parceria com Arthus Fochi, em “Águas Pluviais”.

Foto da capa: Bárbara Lopes

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