Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

28 de abril de 2024

Leitura ultrapassa Saraiva e pode liderar mercado de livrarias no país


Por Agência Estado Publicado 24/12/2019 às 10h38 Atualizado 25/02/2023 às 09h30
 Tempo de leitura estimado: 00:00

O mercado de livrarias deverá ter, depois de décadas, uma nova líder no País. E trata-se de uma rede relativamente desconhecida no eixo Rio-São Paulo: a mineira Leitura, criada em Belo Horizonte pela família Teles há 52 anos. A rede tem atualmente 72 lojas, ante 74 da Saraiva, que está em recuperação judicial e fechou cerca de um quarto de suas unidades nos últimos dois anos. No auge, a companhia chegou a contabilizar 114 pontos de venda em todo o País. A Leitura deve chegar ao primeiro lugar em 2020.

Isso porque, ao contrário da Saraiva, a rede mineira já tem planos de expansão para o ano que vem. Até maio, de acordo com o presidente da Leitura, Marcus Teles, a empresa vai ter 76 unidades com a abertura de quatro lojas em São Paulo, Campinas (SP), Serra (ES) e Juiz de Fora (MG). O executivo trabalha nos contratos para mais três pontos de venda, devendo terminar 2020 com 79 lojas em operação. Ao fim desse ciclo de expansão, espera ter faturamento anual de R$ 500 milhões.

Parte das inaugurações que a Leitura concretizou nos anos de 2018 e 2019 ocupou territórios dos quais a Saraiva abriu mão. A empresa assumiu os pontos que pertenciam à rival em Vila Velha (ES) e no Shopping West Plaza, na capital paulista. Em janeiro fará o mesmo no Galleria Shopping, em Campinas.

Teles contou ao jornal O Estado de S. Paulo que segue de perto os números da concorrência. Ele disse que, embora vá se tornar a maior rede do País em total de pontos de venda, ainda engatinha no e-commerce. “Pelo que acompanho dos números, vamos passar a Saraiva em vendas no varejo físico, sem contar a internet.”

Enquanto a tradicional líder em livrarias tem vendas relevantes pela web, a Leitura ficou fora do e-commerce por longo período. Retornou em agosto, de forma discreta. “Não dá para sacrificar a margem, vender livro abaixo do preço de custo.”

História

Criada em 1967 pelo irmão de Teles, Elídio, a Leitura “comeu pelas bordas” ao longo de sua história. Só agora começa a aparecer em pontos na capital paulista, como o Shopping Ibirapuera (onde inaugurou uma unidade no início do mês) e o Santana Parque Shopping. Na época em que a Saraiva reinava absoluta no País, dominando cerca de 30% das vendas de livros, essa opção por mercados menores foi uma estratégia de sobrevivência. “Sou mais forte em Minas e no Norte e Nordeste”, conta Teles.

Até hoje a Leitura é controlada pela família Teles. No entanto, para financiar a expansão, a empresa elege todos os anos os melhores gerentes de loja. Esses profissionais são convidados a se tornarem sócios minoritários de um ponto de venda a ser aberto no ano seguinte. É o segredo que a família encontrou para conseguir realizar a expansão e garantir que os administradores das unidades tenham “cabeça de dono”.

Em tempos de dificuldades no mercado de livros – dados do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, coletados pela Nielsen, mostram queda de 7,6% nas vendas no acumulado de 2019 -, a Leitura mantém forte aposta nos materiais didáticos e escolares. Assim, a venda de títulos de mercado responde por cerca de 55% do faturamento das lojas, em média. “Em algumas lojas eu consigo ter 400 modelos de caderno e 300 de mochilas. A volta às aulas é uma aposta grande”, diz Teles.

Para o consultor Alexandre Machado, sócio-diretor da GS & Consult, além da crise de administração de algumas redes, o mercado de livrarias sofre com um problema que também afetou outros segmentos: a decadência dos grandes formatos, ou megastores.

As grandes livrarias, com aluguéis caros e uma quantidade maior de funcionários, passaram a sofrer para atingir o ponto de equilíbrio. “Até porque, assim como outros setores, o de livros também foi atingido em cheio pela concorrência do online”, afirma Machado.

Procurada, a Saraiva não concedeu entrevista. Afirmou, porém, que é referência no segmento de livrarias. Citando dados da consultoria GfK, afirmou ter participação de mercado de mais de 25%. “A cada quatro livros vendidos no Brasil, um é vendido pela Saraiva em uma de suas lojas ou pelo e-commerce.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quer receber nossas principais notícias pelo WhatsApp? Se sim, clique aqui, e encaminhe uma mensagem informando o seu nome.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação
Geral

Morte do cão Joca: manifestantes protestam em aeroportos do país


Donos de cachorros e ONGs de defesa dos animais realizaram neste domingo, 28, protestos simultâneos em vários estados em memória…


Donos de cachorros e ONGs de defesa dos animais realizaram neste domingo, 28, protestos simultâneos em vários estados em memória…

Geral

Planos de saúde coletivo terão aumento de 14% em terceiro ano de alta; veja as maiores taxas


Os planos de saúde coletivos terão reajuste de dois dígitos neste ano, de acordo com relatório da XP Investimentos com…


Os planos de saúde coletivos terão reajuste de dois dígitos neste ano, de acordo com relatório da XP Investimentos com…

Geral

Mais de 370 cidades de SP são afetadas por onda de calor fora de época; veja regiões em alerta


Os últimos dias de abril e o início de maio vão continuar com altas temperaturas, com os termômetros podendo atingir…


Os últimos dias de abril e o início de maio vão continuar com altas temperaturas, com os termômetros podendo atingir…