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28 de abril de 2024

Jogando na vida: bom negócio e perigoso


Por Gilson Aguiar Publicado 18/07/2018 às 15h00 Atualizado 17/02/2023 às 16h52
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Não, não está errado o título, não é “jogo da vida”, mas “jongando na vida” mesmo. Uma pesquisa da Paypal mostra que 82% dos brasileiros jogam nos seus aplicativos móveis. 44% tem mais de três jogos baixados. A pesquisa foi feita com 25 países e com uma população com idade entre 15 a 65 anos. Muitos ficaram de fora, antes dos 15 e depois dos 65. Afinal, jogo contamina.

Não por acaso a lucratividade foi de 230% em 5 anos. Um levantamento do Relatório Mobilize de Inteligência de Mercado aponta que em 2011 os aplicativos movimentaram US$ 8,5 bilhões e em 2016 foram US$ 46 bilhões. Um nicho de mercado que cresce e se aperfeiçoa. Atinge todas as idades. Ajuda muita gente a se divertir e a outros fazer o tempo passar.

Há os que se cansam de tanto jogar. Atravessam madrugas e se encontram exaustos pelo esforço feito. Como viciados em trabalho, só que em jogos, estarão novamente na ativa após um breve descanso.
Parte considerável dos aplicativos de jogos tem uma manutenção de custo. A compra de acessórios, de produtos virtuais para ter melhor desempenho no jogo, geram a manutenção de um grande negócio.
Para muitos, esta prática de jogar contribui para tolerar as coisas indigestas na vida. Enfrentar a fila de espera, a aula enfadonha, a conversa irritante, a vida e suas frustrações. Mas para quem faz do jogo sua vida, também perde, se frustra. Para alguns o suicídio acaba sendo uma alternativa para o “game over”. Os casos são muitos.

Durkheim, um dos principais clássicos da Sociologia, estudou o suicídio. Em sua metodologia, classificou dois, o altruísta e o egoísta. Enquanto no primeiro a causa de se tirar a vida implicava em um valor social elevado, reafirmado. No segundo o estimulo imediato, a pressão cotidiana, a reação ao que tem pouca relevância impera.

Mas, se muitos se distrai jogando na vida, é melhor saber jogar com a vida. Nada contra a diversão que os jogos em forma de aplicativos nos dispositivos móveis nos oferecem. Mas fazer disso um sentido da vida é pequeno demais. Há que ter outro sentido à vida.

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