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29 de abril de 2024

Morre Lindalva Leonor, principal testemunha no caso Magó


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 22/08/2021 às 20h49 Atualizado 20/10/2022 às 14h50
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Foto: Reprodução/Instagram

Morreu nesse sábado, 21, aos 63 anos, Lindalva Leonor dos Santos, dona da chácara, em Mandaguari, onde a bailarina Maria Glória Poltronieri Borges, a Magó, foi assassinada em 26 de janeiro de 2020.

Lindalva estava em tratamento de saúde e era a principal testemunha no processo contra Flávio Campana, acusado de matar Magó. Ela seria ouvida tanto pela defesa quanto pela acusação.

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No próximo dia 24 de setembro estava marcado o depoimento de Lindalva no que pode ser a última audiência de instrução nesta fase do processo penal.

O depoimento de Lindalva foi remarcado várias vezes porque ela estava debilitada, num longo tratamento de saúde, como explica o advogado Israel Batista de Moura, assistente de acusação, que representa a família de Magó.

“A senhora Lindalva estava arrolada como testemunha de acusação e essa audiência foi protelada por várias vezes em virtude de informações da família dela de que ela estaria internada e sob tratamento, num hospital de Maringá, onde inclusive veio a falecer neste final de semana”, explica Moura.

“O processo transcorre normalmente porque ela era uma testemunha, que já deu sua versão na fase policial. Inclusive, passou por acareação junto com outra testemunha, onde ela corrigiu algumas informações que ela havia passado de forma equivocada. Para nós, acreditamos que a participação dela está substanciada nos depoimentos dela”, complementa o advogado.

Lindalva foi uma peça importante no inquérito policial. Na noite em que a bailarina desapareceu, bombeiros que estavam na cachoeira para um treinamento, fizeram buscas à procura da jovem. Lindalva, para acalmar as pessoas que estavam preocupadas com o sumiço de Magó, disse que ela tinha saído da chácara com amigos. Por isso, houve uma acareação entre bombeiros e Lindalva.

“Durante as investigações, ela deu uma informação totalmente falsa dizendo que a Magó teria saído no período da noite num veículo branco, juntamente com outras pessoas. O que foi inverdade. Essa afirmação dela foi perante os bombeiros. […] Numa acareação, o bombeiro afirmou que teria ouvido dela essa informação falsa”, conta Moura.

“E ela se retratou. Disse: ‘De fato, eu menti, porque eu queria acalmar a turma então por isso que eu disse que ela teria saído com outras pessoas’. Isto veio a tumultuar toda a investigação, todo o andamento, inclusive, dando a impressão de que estava acobertando alguém”, completa o advogado.

A bailarina Magó foi assassinada em 26 de janeiro de 2020. Ela foi encontrada em uma área de mata a cerca de 10 metros de uma trilha nas proximidades da cachoeira que fica na chácara de Lindalva. O suspeito do crime, Flávio Campana, foi preso um mês depois. 

Exames de DNA comprovaram que o material genético encontrado no corpo da bailarina era de Flávio.

ATUALIZAÇÃO – A reportagem conseguiu contato com o advogado de defesa de Flávio Campana na noite desta segunda-feira, 23. Segundo ele, a defesa vai provar durante o processo que Flávio Campana não foi o autor do crime. Para o advogado, é preciso analisar o caso com equilíbrio “sob o crivo do contraditório e da ampla defesa”.

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