Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

03 de maio de 2024

Paraná é alvo da PF em operação que combate desvio de recursos públicos do SUS


Por Ivy Valsecchi, com informações da Polícia Federal Publicado 23/04/2024 às 14h29
 Tempo de leitura estimado: 00:00
32631fb8-f4cf-42cc-ab60-0bb52204d4d2
Foto: PF.

A Polícia Federal (PF), deflagrou nesta terça-feira, 2, a Operação Moto-perpétuo, com objetivo de recuperar ativos que supostamente foram desviados do Sistema Único de Saúde (SUS), além de desarticular uma possível organização criminosa envolvida na ocultação desses bens. A ação é coordenada em Curitiba(PR), São Paulo (SP) e Balneário Camboriú (SC). A operação contou com a colaboração da Receita Federal, que contribuirá com a análise fiscal dos investigados. Um total de 55 policiais federais e dez analistas da Receita Federal foram mobilizados para cumprir 13 mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos suspeitos.

Segundo a PF, A investigação teve início após suspeitas levantadas durante a Operação Fidúcia em que foi identificado um esquema em que os investigados utilizavam Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) para fraudar licitações e desviar recursos públicos do SUS. No total, teriam sido desviados cerca de R$ 14 milhões nas três cidades investigadas. Contudo, de acordo com a PF, a auditoria da Controladoria Geral da União apontou que o desvio seria de R$ 70 milhões em todo Paraná.

Conforme a PF, a investigação atual aponta que os investigados teriam adquirido diversos bens em nome de terceiros para ocultar os ganhos ilícitos. Esses bens foram registrados em empresas fictícias ou em nome de ‘laranjas’, com o auxílio de um advogado e um contador.

Medidas como o sequestro de dez imóveis, avaliados em mais de R$ 20 milhões, e a apreensão de veículos de luxo foram autorizadas judicialmente. Além disso, foi autorizada a apreensão de valores acima de R$ 10 mil e a indisponibilidade de cotas sociais de duas empresas, cujo capital totaliza meio milhão de reais. “Desse modo, a investigação identificou quase R$ 30 milhões em bens ocultados. Dentre os bens sequestrados, um dos apartamentos tem valor superior a  R$ 10 milhões de reais e, embora seja de uso dos denunciados, está cadastrado em nome de empresa fictícia que tem como como sócio pessoa que recebeu auxilio emergencial”, diz a PF.

Os crimes sob investigação incluem lavagem de capitais, associação criminosa e organização criminosa, com penas que podem chegar até 18 anos de prisão.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação