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25 de abril de 2024

‘Estar em Maringá é como voltar para minha casa’, diz Sérgio Reis


Por Brenda Caramaschi, especial para o GMC Online Publicado 12/07/2019 às 18h41 Atualizado 23/02/2023 às 11h52
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Chegando aos 80 anos, tudo o que Sérgio Reis não quer é parar. “Pra que parar? Parar por quê? Eu criei esse público, não posso trair as pessoas que me acompanham”, diz o cantor, que trabalha na finalização de um novo álbum, o 39º da carreira.

Repleto de participações especiais o trabalho vai contar com regravações como “Admirável Gado Novo”, em parceria com Zé Ramalho, e “Iolanda”, sucesso na voz de Chico Buarque, além de músicas inéditas, como uma canção escrita por Ivan Lins especialmente para cantar em dueto com Sérgio Reis.

E tem uma novidade que promete ser sucesso garantido: “Eu gravei com o Oswaldir (da antiga dupla Oswaldir e Carlos Magrão) uma música que chama-se ‘Panela Nova’. É muito legal, uma música muito gostosa! Ela chegou pra mim agora e ela diz que ‘as coroas que me desculpem, mas panela nova também faz comida boa’”, diz, parodiando o sucesso “Panela Velha”, gravado em 1983.

Algumas das novas gravações vão ser conferidas em primeira mão pelo público maringaense no dia 20 de julho, no Teatro Marista. Elas vão se juntar aos maiores clássicos das seis décadas de carreira do ícone da música sertaneja no palco do Teatro Marista.

No show “Questão de Tempo”, nome do álbum que lhe rendeu um Grammy Latino em 2014, Sérgio se apresenta ao lado de sua banda e promete fazer a alegria dos fãs.

“Estar em Maringá é como voltar pra minha casa, porque todas as vezes que eu fui fazer show aí sempre fui recebido com carinho, educação, com palavras carinhosas… Então eu quero retribuir tudo isso pra vocês”, diz o artista.

A última vez que o artista se apresentou em Maringá foi em 2016, dividindo o palco com o amigo Renato Teixeira, com o projeto Amizade Sincera, que rendeu a conquista de mais um Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Sertaneja, em 2015.

Além dos 38 álbuns já lançados, Sérgio Reis já atuou em filmes e novelas, foi apresentador de televisão, lançou livro e até cumpriu mandato como deputado. Será que ainda falta algo? “Faltava um musical, agora não falta mais”, revela Sérgio. A montagem teatral sobre a trajetória do artista já está em fase de ensaios e deve rodar o Brasil em breve.

‘A turma é boa e tem lugar pra todo mundo’

Sérgio Reis passou pelo “iê-iê-iê” da Jovem Guarda da década de 1960 antes de abraçar a viola e se tornar referência em música caipira. Hoje acompanha também a transformação que a música sertaneja sofreu e os novos talentos que surgem, ao mesmo tempo que testemunha uma busca pelas raízes do passado.

“A turma é boa e tem lugar pra todo mundo. E é uma molecada que tem raiz sertaneja, que se der uma viola na mão deles, eles tocam também. Além disso, tem um monte de orquestras de violeiros com meninas de 12, 14, 16 anos lendo partitura e tocando viola. Muitas crianças, jovens, tocando viola caipira. É um ‘boom’. E eu acho bom, porque é a nossa cultura, né?”

O cantor e compositor se vê como um dos responsáveis por essa nova geração estar buscando esse retorno à base da música caipira.

“Eu estava em um supermercado e veio uma senhora dizendo: ‘ai, Sérgio, eu sou apaixonada pelas suas músicas, aprendi a ouvir com meu avô’. O avô passa para os netos, os pais, para os filhos… E a cultura continua. O Brasil é um País caipira, é sertanejo. O nordestino é sertanejo, só que lá o sertão é agreste; no Rio Grande do Sul é pampa, e aqui é tudo interior do Brasil. O Luiz Gonzaga até hoje é um ícone dos sanfoneiros no sertão. E assim muitos. Todos dentro da sua região contribuindo para que a cultura brasileira não morra. Eu acho isso lindo”.

Carregando a tradição por onde passa, Sérgio Reis, como diz sua esposa, Ângela, “agrada de mamando a caducando” e se mantém ídolo entre as gerações. Na agenda, os shows não param: de feiras agropecuárias a praças, de teatros a rodeios.

“O importante é a gente cantar pra todo mundo. Estou bem, ‘tô’ com saúde, ‘tô vivo’. Eu sou uma pessoa muito pra cima, muito feliz. Vale a pena a gente ‘perder tempo’, investir, estudar, pesquisar e fazer coisas ‘pro’ povo. A gente não se pertence mais, a gente tudo para o povo se alegrar. Já é um povo sofrido, se não tiver umas músicas engraçadas, pelo amor de Deus”, diz, bem-humorado.

O cantor não se imagina aposentado dos palcos. “A gente tem uma responsabilidade muito grande. As pessoas nos acompanham a vida toda. Eu estando com saúde, vou até onde der, não quero abandonar meu público de jeito nenhum. Estar no palco é uma coisa que eu amo fazer, é uma missão”.

E para o público maringaense, ele deixa o recado: “Eu quero estar junto com vocês, é como se eu tivesse nascido em Maringá e estivesse indo rever meus amigos”, convida.

SERVIÇO

Sérgio Reis no Teatro Marista / dia 20 de julho (sábado)

Ingressos à venda na Rádio Maringá FM, Posto Dubai, Posto Canadá ou pelo site Disk Ingressos

O evento é realizado pelos grupos GMC Eventos e MG Entretenimento.

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