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19 de abril de 2024

Conheça 5 startups de Maringá para você se inspirar


Por Creative Hut Publicado 26/12/2021 às 10h49 Atualizado 21/10/2022 às 02h08
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Ideias inovadoras e tecnológicas que saíram do papel e se transformaram em empresas de sucesso, com faturamento milionário. Em mapeamento recente, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups) listou algumas startups de Maringá com histórias inspiradoras. Conheça 5 delas abaixo.

Aiqfome

Fundada em 2007, em Maringá, a startup de delivery de comida Aiqfome tem hoje mais de 4 milhões de usuários em quase 700 cidades brasileiras. São mais de 30 mil estabelecimentos ativos.

“Sempre odiei ter que ligar para pedir comida em casa. Além de linhas ocupadas, demora no atendimento, nunca tinha o cardápio completo para consulta. E eu pensava: ‘deve existir uma maneira melhor’. Como não existia, criamos a nossa”, explicou a fundadora e COO do Aiqfome, Stephanie Gomides, em entrevista ao GMC Online.

Conheça 5 startups de Maringá para você se inspirar
Stephanie Gomides,fundadora e COO do Aiqfome. Foto: Divulgação

A empresa foi comprada pelo Magazine Luiza no ano passado, mas todos os “fomers” (funcionários) foram mantidos. O valor da transação é sigiloso. Em 2021, o Aiqfome transacionou cerca de R$ 1,5 bilhão para os estabelecimentos parceiros, segundo Stephanie.

Neste ano, a startup maringaense desenvolveu um mini aplicativo do Aiqfome dentro do super app Magalu. E não para por aí: “os planos para 2022 são de expansão para cidades maiores, já que o nosso foco vinha sendo cidades do interior. Também estamos focando em categorias novas como gás, conveniências, comida pet e hortifruti”, revela a fundadora.

Ação do Aiqfome durante o lançamento do filme do Homem Aranha em Maringá. Foto: Divulgação

FarmGO

A FarmGO é uma das primeiras startups do agronegócio no Paraná – as chamadas AGTechs -, e hoje monitora lavouras do Brasil, Paraguai, Argentina, Colômbia, Bolívia e Uruguai. Fundada em 2017, a empresa maringaense atua com agricultura de precisão, buscando entender quais são os gargalos produtivos dentro de uma área agrícola e maximizar a produtividade dentro desta mesma área plantada. Em outras palavras, trata-se de uma plataforma de agricultura digital que buscar a máxima eficiência produtiva no mesmo espaço de terra, sem a necessidade de abrir novas áreas de plantio, além de atuar na gestão de risco para seguro e crédito rural, identificando qual é o nível de risco da operação para cada área segurada e/ou financiada.

A ideia surgiu em outubro de 2015. “Éramos uma ideia no papel e entramos para um programa voltado para startups, no Sebrae Maringá, e após dois anos de muitas validações sobre nossa proposta de valor e desenvolvimento da primeira versão da nossa plataforma tecnológica, é que surgiu a FarmGO – em maio de 2017. […] Desde o início tivemos o propósito de fazer a diferença, de não ser apenas mais uma empresa, mas sim melhorar a vida das pessoas através da tecnologia, em um setor que tem uma das missões mais nobres da humanidade: alimentar uma população cada vez mais crescente”, explicou CEO da FarmGO, Ricardo Oliveira Matiello. Ele tem formação em Processamento de Dados e Administração de Empresas e atualmente, está cursando Agronegócio.

Ricardo Oliveira Matiello, CEO da FarmGO. Foto: Divulgação

Segundo Matiello, a proposta sempre foi ajudar a desenvolver uma agricultura rentável, não somente do ponto de vista financeiro, mas na otimização de recursos naturais e no menor impacto ao meio ambiente. “A agricultura no Brasil é a melhor do mundo, feita de forma sustentável e com preservação do meio ambiente. E justamente por conseguirmos produzir desta forma é que precisamos nos manter na vanguarda da inovação, buscando sempre novas tecnologias que permitam que possamos manter nossa posição de destaque no mundo, como o maior produtor de alimentos do planeta”, reforça Matiello. “Neste contexto, a FarmGO sempre está desenvolvendo, junto a pesquisadores, produtores e agrônomos, as melhores práticas de manejo. A tecnologia da informação pode ajudar a produzir mais, gastando menos, e com mais qualidade”, acrescenta.

Em 2019, a FarmGO foi convidada pelo Governo Federal, por meio do Ministério de Relações Exteriores, para participar de um debate com o governo norte-americano sobre sustentabilidade na produção agrícola. A reunião aconteceu em Washington, nos Estados Unidos. “[Na ocasião], a FarmGO mostrou como ela ajuda produtores a produzir mais e de forma sustentável. Essa é nossa jornada e essa é a forma como enxergamos um negócio: ter um propósito nobre e trabalhar incansavelmente para ajudar mais pessoas a obterem êxito na produção agrícola”, destaca o CEO da startup.

A FarmGO atende hoje mais de 2,7 milhões de hectares. O faturamento não foi divulgado. Agora, a empresa se prepara para expandir as operações no Hemisfério Norte, com projetos nos Estados Unidos e Canadá. “A FarmGO vem trabalhando para se tornar a empresa referência em agricultura digital, que é o braço da agricultura que gera informações para a melhor tomada de decisões no campo”, finaliza Matiello.

Treeunfe

Fundada em 2016, a Treeunfe leva inteligência fiscal para mais de 300 mil pequenas e médias empresas em todo o Brasil. Com faturamento de R$ 2 milhões em 2021 – crescimento de 24% em relação a 2020 -, a startup maringaense nasceu como uma spin-off dentro da empresa Empari Global Innovation, como explica Adriano Santos, CEO do Grupo Empari.

“Em 2015 tínhamos um desafio na Empari de crescimento. As vendas estavam estagnadas e precisamos encontrar novas fontes de renda. Foi então que pensamos em atender uma dor específica de muitos empresários iniciantes que nos procurávamos na época, que não tinham condições financeiras e nem de tempo para implantar um sistema robusto de ERP, mas queriam pelo menos emitir suas notas fiscais de vendas e atender a legislação corretamente”, detalhou em entrevista ao GMC Online. “A burocracia fiscal em nosso país é um grande entrave para crescimento do empreendedorismo como um todo, queremos simplificar a gestão fiscal nas empresas, levando inteligência tributária e organizacional para que pequenas e médias empresas possam se tornar grandes corporações”, acrescenta.

Equipe da Treeunfe. Foto: Divulgação

O MVP (sigla que representa o Mínimo Produto Viável – em inglês, Minimum Viable Product) da Treeunfe foi lançado em 2016, com o nome “FreeNFe”, ano em que se tornou obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica para todas as empresas brasileiras, independente da atividade, regime tributário e faixas de faturamento, bem como foi divulgado o fim do emissor de nota fiscal eletrônica da Secretaria da Fazenda (Sefaz).

“As ferramentas em sua maioria que existiam e ainda existem no mercado são softwares de gestão com controles de estoque, financeiro e outras diversas áreas integradas que, dentro de inúmeras funcionalidades, proporcionam de forma limitada a emissão de notas fiscais eletrônicas. Assim, um software focado e que simplifica o processo de emissão das notas foi muito bem recebido pelo mercado brasileiro”, destacou Santos.

ANYMARKET

O ANYMARKET foi fundado em 2014 como uma startup para validação e entendimento de mercado. As primeiras vendas foram para clientes iniciantes e, atualmente, a empresa – que pertence ao DB1 Group – atende alguns dos maiores players do e-commerce. Até o fim de 2021, o faturamento chegará ao total de R$ 30 milhões, segundo a empresa.

“Mesmo estando dentro do Grupo DB1, que poderia aportar valores maiores, quando nós iniciamos nossos produtos internos (que chamamos de spin-off), trabalhamos com recursos limitados e uma equipe reduzida. Isso dá um ar muito grande de startup, pois a ideia é a mesma: poucas pessoas, pouco dinheiro”, explica o diretor de inovação no DB1 Group, Rogério Gonçalves de Souza.

Equipe do ANYMARKET. Foto: Divulgação

Ele começou sozinho e depois trouxe uma assistente de inovação para trabalhar na startup. “Assim fomos fazendo as primeiras vendas, encontrando a proposta de valor, identificando diferenciais dos produtos. Logo nas primeiras vendas, fizemos muitos amigos, clientes que ainda temos há muito tempo na carteira. E assim fomos começando. Contratamos mais 2 desenvolvedores, nós mesmos dávamos suporte e implantávamos o sistema. Com o crescimento, o ANYMARKET se tornou uma das empresas do Grupo DB1. Hoje estamos com mais de 440 colaboradores”, detalha. “Na época, muita gente dizia que não daria certo. Mas nós seguimos no processo de validação, que é o objetivo do DB1 Labs, e conseguimos trazer para nossos acionistas a segurança de que valeria a pena investir nesse negócio. Foi realmente uma aposta, mas hoje colhemos os frutos do trabalho de análise de mercado”, acrescenta Souza.

A ideia do ANYMARKET é centralizar todos os pedidos em uma única plataforma, que vem dos marketplaces, além de também facilitar a subida dos produtos dos sellers (clientes), como explica Rogério Gonçalves de Souza, diretor de inovação no DB1 Group, ao qual o ANYMARKET faz parte.

“Imagine um seller que tem mil produtos e vende em cinco canais: Americanas.com, Amazon, Mercado Livre, Magazine Luiza e Walmart. Sem o ANYMARKET, ele tem que subir todos os produtos em cada canal. No ANYMARKET, ele cadastra apenas no hub, e o ANY distribui para todos os marketplaces em que o seller atua”, detalha. “Essa praticidade também vale para o caso do seller precisar fazer atualizações, como as de preço. Ele não precisa passar pelo processo moroso de atualizar em cada marketplace, correndo o risco de levar tanto tempo ao ponto de precisar mudar novamente as informações nos primeiros canais. Basta atualizar as informações no ANYMARKET, que a plataforma de integração dispara essa alteração para todos os marketplaces”, acrescenta.

Segundo ele, o ANYMARKET nasceu com a proposta de ser um produto internacional. Em 2022, o objetivo é expandir para o mercado latino-americano. No Brasil, a empresa busca se consolidar como referência quando se trata de integração de marketplaces.

WiFire

Fundado em 2015, o WiFire trabalha com soluções de relacionamento com cliente com a estratégia de analisar o comportamento em ambientes físicos e digitais. De acordo com o Rodrigo Palhano, diretor de Inovação da TecnoSpeed e do WiFire, “o WiFire começou com a visualização do problema de ter que ficar pedindo senha para entrar no wi-fi de bares e restaurantes. A ideia de permitir que as pessoas usassem as próprias contas de redes sociais resolvia o problema de forma simples. A partir daí percebemos que poderíamos utilizar dessas informações para desenhar o perfil dos clientes nos estabelecimentos de modo a promover um melhor relacionamento entre proprietários e clientes, enviando pesquisas de satisfação, medindo tempo de permanência, recorrência, abandono etc.”, disse em entrevista ao GMC Online.

Equipe do WiFire. Foto: Divulgação

A expansão é um dos planos futuros da empresa. “Estamos expandindo nossa proposta na área de CRM [gestão do relacionamento com o cliente] e também no mercado externo. Atualmente estamos atuando no Brasil e mais oito país na LATAM”, frisa Palhano. A empresa preferiu não divulgar o faturamento.

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