Maringá tem 2º caso de racismo em 10 dias
Um jovem de 26 anos, estudante da Universidade Estadual de Maringá (UEM), registrou, nesta sexta-feira (10), um boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil por causa de racismo.
Utilizando um áudio para comprovar as afirmações, o jovem contou a polícia que ele e a irmã sofreram preconceito. Uma vizinha chamou o jovem de macaco, preto e outros insultos. A pessoa responsável pelas ofensas mora no mesmo prédio em que os irmãos. Foi o segundo caso de racismo em Maringá em de 10 dias.
Segundo apuração da CBN, o caso registrado nesta sexta-feira (10) começou por causa de um problema envolvendo vagas em garagens em um prédio, no residencial Cidade Nova, há cerca de duas semanas. O jovem e a irmã dele deixam as bicicletas em uma das vagas. E em algumas ocasiões, as bicicletas entraram na vaga da vizinha, que não gostou disso porque a situação aconteceu mais de uma vez.
Um áudio foi gravado no sábado e entregue à polícia civil. A CBN obteve o arquivo. Para a reportagem, a voz da suspeita foi distorcida.
O delegado Laércio Fahur, responsável pelo plantão na nona subdivisão policial, considerou grave os indícios. Para ele, há o crime de injuria racial, cuja pena é de 1 a 3 anos de reclusão, mais uma multa. Ele também vê indícios de crime de racismo, com pena semelhante.
Um inquérito já vai ser aberto. Segundo Fahur, se o boletim tivesse sido feito no dia que a gravação foi feita, a mulher teria sido presa em flagrante.
No inicio do mês, um homem de aproximadamente 60 anos foi preso em flagrante por violência à mulher injuria racial. Ele ofendeu uma servidora da secretaria da mulher de Maringá.