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25 de abril de 2024

Caso Sevilha: 2 dias após julgamento, um dos réus segue foragido


Por Victor Simião/CBN Maringá Publicado 27/08/2019 às 21h04 Atualizado 24/02/2023 às 01h08
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Acusado pelo Ministério Público Federal de ser o executor de José Antônio Sevilha, Fernando Ranea está foragido. No domingo (25), no dia em que julgamento foi dissolvido, a Justiça decretou a prisão preventiva do réu.

Ele, que não estava dentro do Fórum da Justiça Federal, não foi encontrado pela Polícia Federal. Desde então, está foragido. O motivo da prisão, segundo a Justiça, era o receio de fuga e possibilidade de manobras para evitar um novo julgamento.

A CBN entrou em contato com a defesa da Ranea. Por telefone, o advogado Aluísio de Carvalho disse que não tem informações relativas ao cliente dele desde domingo. Mesmo assim, entrou com um pedido de revogação da prisão – até a tarde desta terça-feira (27) não tinha sido avaliado pelo juiz Cristiano Manfrim, titular da 3ª Vara Criminal da Justiça Federal de Maringá. A defesa também diz que o réu é inocente.

O tribunal do júri ocorreu durante seis dias, de terça-feira a domingo. O julgamento foi dissolvido após as defesas de Marcos Gottilieb e Fernando Ranea deixarem o tribunal, alegando uma série de problemas, inclusive a contaminação do júri – que, em outras palavras, significa que eles votariam para culpar esses dois réus.

Com a dissolução, todo o procedimento deve ser refeito: organizar datas de trabalho, convocar e ouvir testemunhas e sortear o júri. O auditor José Antônio Sevilha foi morto a tiros em setembro de 2005.

Estavam sendo julgados o empresário Marcos Gottlieb, proprietário de uma empresa que vinha sendo investigada pelo auditor e apontado como mandante do crime; Fernando Ranea, que seria o executor; e Moacyr Macêdo, que teria aproximado os dois. Outros dois homens foram indiciados, porém um nunca foi localizado e outro morreu durante cumprimento de pena pelo crime de sequestro. Os réus são acusados pelo crime de homicídio qualificado, e a pena varia de 12 a 30 anos de reclusão. O empresário Marcos Gottlieb está preso preventivamente desde maio deste ano.

Sevilha investigava a empresa Gemini, uma importadora de brinquedos, que tinha dívidas milionárias com a Receita Federal. As defesas dizem que os réus são inocentes.

11 testemunhas prestaram depoimento.

O Ministério Público Federal quer que a defesa e réus paguem as despesas com o julgamento.

Este foi o primeiro julgamento de júri popular na Justiça Federal de Maringá em 26 anos. O caso mobilizou forças policiais, advogados e estudantes de direito nos últimos dias.

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