O tema é ‘Potencial do Aeroporto de Maringá’; Fernando Rezende responde

Por Ivy Valsecchi Publicado 06/09/2022 às 23h25 Atualizado 20/10/2022 às 17h06

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Foto: Superintendente do Aeroporto de Maringá, Fernando Rezende. Foto: PMM.

O tema do “Prefeitura de Maringá responde” desta terça-feira, 6 de setembro, é: Potencial do Aeroporto de Maringá. Quem responde às dúvidas da população sobre o assunto é o Superintendente Fernando Rezende. Confira a entrevista abaixo.

1. O aeroporto de Maringá é o 6º do Brasil com maior potencial econômico, segundo a Urban Systems. Quais parâmetros elevam o aeroporto a essa posição?

São dois parâmetros principais que foram colocados na época e que fazem muito sentido. É a localização geográfica de Maringá, e a infraestrutura que Maringá possui, principalmente a estrutura hoje já configurada que é a estrutura física do aeroporto. Então falando sobre a localização, nós estamos na localização com mais proximidade das Américas, tanto do Sul como da América Central e do Norte, do que aeroportos como Curitiba, São Paulo e Campinas, porque a gente olha pelo meridiano. Isso faz tudo sentido para um terminal de cargas, já que você pega um avião na Cidade do México por exemplo e vem a Maringá direto, você vai ter uma diminuição de tempo em torno de 20, 25 minutos. Fora isso logicamente a gente tem um tráfego aéreo muito menor do que essas outras capitais das quais eu mencionei. E o segundo parâmetro também que faz muito sentido é a infraestrutura. Hoje nós temos uma pista de 2.380 metros…é a maior do Paraná atualmente em operação…Foz do Iguaçu daqui a pouco coloca a pista dela um pouco maior que a nossa, mas a nossa pista é maior que a de Curitiba por exemplo. Além de ser maior, além de ter uma largura também excelente, que é 45 metros, mais 15 de acostamento, nós temos um índice de resistência que permite aeronaves de grande porte pousarem em Maringá. Então a nossa infraestrutura além de antenas de alsf, ils, que está sendo implantado até o final do ano, todo balizamento feito em led, isso daí a taxi away nas duas cabeceiras e uma posição de aeronave de 12 posições…um pátio com 12 posições de aeronave. Então isso tudo é um atrativo para as companhias aéreas, principalmente cargueiras, virem para Maringá.

2. Maringá também se destaca como a 9ª maior exportadora do Brasil, segundo o Ministério da Indústria e Comércio Exterior. Como o Aeroporto de Maringá se prepara para se tornar um terminal de cargas?

Nós estamos na finalização da intercionalização do terminal de cargas. Isso quer dizer o seguinte: que como eu mencionei, nós podemos receber carga de qualquer lugar do mundo, nós vamos então nos candidatar…Maringá começa a se candidatar a ter um hub logístico aqui…muito interessante para a infraestrutura inteira de estrada, da proximidade de grandes capitais…isso favorece bastante. Então o primeiro passo é a intercionalização do terminal de cargas, que já está sendo processado isso junto à Receita Federal e aos órgãos alfandegários é claro, e é um caminho que a gente tem que percorrer e que logo a gente já está apto a receber essas grandes cargas do mundo todo.

3. Maringá é uma das cidades mais empreendedoras do Brasil. Isso acaba resultando na demanda de voos e rotas. Qual é o processo para a cidade receber mais ofertas de voos e destinos? Como?

Sempre comento que o aeroporto é uma ferramenta muito importante para o município…e é um instrumento que o município tem de desenvolvimento econômico, tanto de Maringá como da região, porque logicamente quando você fala em desenvolvimento econômico você imagina vindo executivos para cá para fazer seus negócios, um aumento todo de novos negócios, nós temos aí a área de tecnologia que está sempre crescendo…Maringá é considerado um grande med call center, isso é importantíssimo também, que nos coloca nos principais centros de referência médica do país. Além disso, a área de educação é uma área que atrai muitos eventos, atrai muitos congressos, que é muito importante…e sem falar no agronegócio, que é a base de tudo que está sendo plano de fundo de toda essa economia. Isso tudo faz com que…a gente, quando leva o que é Maringá para as companhias aéreas, buscando essa interface, buscando colocar Maringá…a gente coloca Maringá em primeiro lugar, é claro, considerando que as pessoas precisam vir aqui fazer negócios e bons negócios…e que ela tem ferramentas e instrumentos para que isso aconteça, a partir do aeroporto. Então eu acho que o aeroporto está muito ligado nessa questão do desenvolvimento…nós temos feito várias reuniões com companhias aéreas no sentido de aumentar o volume e alternativas de voo…hoje a gente tem três destinos basicamente, que são Curitiba, Campinas e Guarulhos…destinos diretos eu digo, sem falar em conexões, mas estamos buscando mais volume de voos para Curitiba, estamos buscando o novo destino de Congonhas, e outros destinos, principalmente para o Oeste do Brasil, aonde a gente percebe que tem uma demanda muito grande por parte dos nossos passageiros. Então é dessa forma que a gente tem trabalhado. Temos também articulado junto ao Governo do estado, através, logicamente, do nosso líder Ulisses Maia, a articulação de benefícios tributários para essas companhias aéreas virem, como por exemplo, a diminuição do ICNS. Tivemos uma participação muito forte com a vinda da Latam para cá em 2019, e após a pandemia estamos realmente tentando que esses convênios sejam renovados para que realmente aumente. Então essa articulação também junto aos órgãos que podem nos dar um suporte, é importante porque a gente tem que entender como é que funciona e através dessas reuniões que a gente acaba tendo solicitações das companhias aéreas e nos colocamos à disposição para ajudar e com isso a gente consegue também atrair pela proatividade que o município tem em estar articulando essas questões.