Maringá: Operadora de saúde para servidores municipais começa a atender nesta quarta

A nova operadora de saúde contratada pela Prefeitura de Maringá para os servidores municipais começa a atender nesta quarta-feira, 2. O contrato emergencial, após rompimento com a Sudamed, tem validade de 180 dias.
Contudo, enquanto uma nova alternativa não era escolhida para prestar os serviços, alguns servidores precisaram pagar por atendimento médico com dinheiro do próprio bolso e querem ser ressarcidos. A filha do vendedor Jorge Ferreira nasceu no dia 9 de maio. A mulher dele é servidora municipal de Maringá e esperava que o parto fosse pago pelo Sistema de Saúde dos Servidores Municipais de Maringá (Sama).
Mas naquela semana, a operadora contratada para a prestação de assistência à saúde, a Sudamed, já tinha anunciado o rompimento do contrato com a prefeitura. E não havia nenhuma empresa no lugar.
Jorge bancou todas as despesas médicas. E não ficou barato. “Eu comecei a correr atrás desde o dia 28, quando a Sudamed não tinha mais cobertura de hospital né, eu fiquei praticamente 10 dias querendo saber o que fazer caso ela viesse a ganhar nenê, no dia 9 ela ganhou e eu tive que pagar tudo no particular, gastei na faixa de quase oito mil reais”, explica Jorge.
Nesta terça-feira, 1º, a prefeitura anunciou a nova empresa que irá assumir o serviço: o Hospital Bom Samaritano. O processo de dispensa de licitação publicado no Diário Oficial do Município informa que o valor estimado é de aproximadamente R$ 12 milhões, para o atendimento de 30.181 vidas, ao valor de R$ 71,53 per capita. Bem acima dos R$ 43 do contrato anterior com a Sudamed.
A validade do contrato é de 180 dias, diz o secretário de Gestão de Pessoas, Clóvis Melo. “Quem apresentou a melhor proposta foi o Hospital Bom Samaritano de Maringá e está no final dos procedimentos administrativos, a gente deve começar os atendimentos, tudo dando certo, já amanhã, na quarta-feira”, afirma.
Sobre a situação de Jorge, o secretário disse que a Procuradoria Jurídica está decidindo que medida adotar. “Não tem apenas essa situação, mas algumas outras, não são muitas, mas tem. Como se trata de um excepcionalidade, a administração pública está vendo quais são as possibilidades legais para resolver esses problemas que surgiram face ao problema que ocorreu com a Sudamed”, garante o secretário.
Enquanto isso, Sudamed e a prefeitura ainda discutem a situação do contrato anterior. A empresa cobra do município uma dívida de R$ 4 milhões por causa do atendimento a pacientes com covid-19 não previstos no contrato.
