Caso Sevilha: Segundo dia foi reservado ao debate das questões preliminares do julgamento

O segundo dia do julgamento dos três réus acusados de participar da execução do auditor-fiscal José Antônio Sevilha, em setembro de 2005, foi destinado ao debate das preliminares do julgamento que ocorre no auditório da Justiça do Trabalho.
Estão no banco dos réus, Marcos Gottlieb, que seria o mandante do crime, Fernando Ranea da Costa, que teria executado Sevilha, e o advogado, Moacyr Macêdo, que intermediou o contato entre os dois. Houve atraso no início dos trabalhos nessa quinta-feira, 06, pois os jurados, formado por cinco homens e duas mulheres, estavam em horário de almoço.
O julgamento é presidido pelo juiz da 3ª Vara Federal de Maringá, Cristiano Manfrim. O advogado de defesa de Marcos Gottlieb, Zanone Júnior, formou uma banca de 9 advogados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná, para atender o cliente durante os dias de julgamento. Zanone disse que, pelo inquérito ter demorado dois anos para ser concluído, não existe certeza de que o empresário tenha participado do crime.
“O que não quero entrar no mérito, discutir e esmiuçar com seu ouvinte quais foram as circunstâncias que levaram esse advogado a abandonar e virar as costas para essa corte de justiça federal”
O advogado Fabiano Lopes, que defende Fernando Ranea da Costa, também montou uma banca com sete profissionais. Fabiano acredita na inocência do cliente.
“É um crime que veio com muita comoção, nós acreditamos na inocência do Fernando. A defesa vem muito preparada e vamos tentar demonstrar para o corpo de jurados que Fernando é inocente”
Já o advogado de Moacyr Macêdo, Conrado de Almeida Prado, ainda não falou com a imprensa. Na acusação, são 4 procuradores da república pelo Ministério Público Federal (MPF) e 2 advogados pela assistência da acusação.
O Sindifisco, Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil, vai acompanhar de perto o julgamento aqui em Maringá. Nory Celeste Sais de Ferreira, diretora de defesas profissionais do Sindifisco, disse que é preciso uma resposta para esse crime. “Estamos pedindo justiça. Nosso colega foi morto por estar exercendo sua função de estado. Nós precisamos que seja feita justiça porque estamos presos”
A expectativa é de que o julgamento dure entre 8 e 10 dias.
