Zona 7 registra aumento de crimes de furto e roubo em 2022; números já ultrapassam 2021 inteiro

Os crimes de furto e roubo registrados entre 1º de janeiro a 29 de setembro deste ano no bairro Zona 7, em Maringá, já ultrapassam os dados referentes a todo o ano de 2021. Os dados foram disponibilizadas pelo 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) de Maringá.
O bairro, que é um dos mais populosos de Maringá e concentra uma vida universitária e noturna bastante agitada, têm registrado um aumento na taxa de criminalidade.
CRIMES DE FURTOS NA ZONA 7
De acordo com informações divulgadas pela Polícia Militar (PM) de Maringá, de janeiro a dezembro de 2021, 691 furtos foram registrados na Zona 7.
Já nos nove primeiros meses de 2022, no período correspondente a 1º de janeiro até 29 de setembro, o bairro universitário registrou 728 furtos.
Os números deste ano registraram um aumento de 5,35% se comparados aos dados do ano anterior.
CRIMES DE ROUBOS NA ZONA 7
Os crimes de roubo na Zona 7 durante todo o ano de 2021 somaram 100 ocorrências registradas pela PM.
Já entre os meses de janeiro a setembro deste ano, foram registradas 125 ações criminosas. Os números de 2022 mostram um aumento de 25% neste tipo de crime.
MORADORES RELATAM ASSALTOS À MÃO ARMADA
O publicitário Cassio Villa relata que foi assaltado enquanto voltava para casa, logo no início da manhã, por dois homens em uma motocicleta. Villa afirma que os suspeitos utilizavam facas durante a ação criminosa.
“[…] era por volta das 6 horas e eu estava voltando pela rua com um amigo […] e no cruzamento da rua Lauro Werneck com a rua Oswaldo Cruz, […] a gente foi abordado por dois caras de moto, eles estavam armados com facas grandes, e eles já chegaram falando ‘vamo, vamo‘ [exigindo os pertences].”
Alguns dias depois, o publicitário testemunhou um assalto na mesma rua onde foi abordado pelos indivíduos. Na ocasião, dois homens, também em uma motocicleta, abordaram uma pessoa e levaram o celular da vítima. Cassio viu a ação criminosa da janela de seu apartamento.
A jornalista Thaís Almeida, que mora em uma rua próxima da UEM (Universidade Estadual de Maringá), saia de casa por volta das 20h quando um homem armado ameaçou esfaqueá-la, caso ela gritasse pedindo por ajuda.
“Era por volta das 20h, eu tinha acabado de sair de casa. Em menos de 50 metros do meu portão, fui abordada por um homem com um facão. Ele encostou o facão na minha barriga, me prensando na parede e deu voz de assalto, dizendo que se eu gritasse ele ia me dar uma facada. Ele levou minha bolsa, com meu celular e carteira dentro. Logo que ele me soltou eu corri pra um bar que tem na esquina, falei que tinha sido assaltada mas o pessoal demorou pra me dar atenção, quando dois caras entenderam, eles correram atrás dele, mas ele entrou em um carro com outro homem e saiu. Logo em seguida o menino que tinha corrido atrás dele já ligou pra polícia e a polícia chegou. Eu registrei o B.O, mas o cara nunca foi pego e nem encontraram minhas coisas.”
O bairro Zona 7, segundo o que informa o 4º BPM de Maringá, é uma região que registra números maiores de crimes de furto e roubo em relação a outros bairros da cidade.
“[…] no que diz respeito ao cometimento de crimes de furtos e roubos na Zona 7, vale salientar que essa é uma região que naturalmente já tem um número de roubos e furtos maiores que em outras regiões de Maringá, dada a característica do local, que é a presença de bares, presença de uma população universitária que, por vezes, fica por um longo período longo de casa, estudando, correndo atrás de trabalho, entre outras situações, e isso leva a um ambiente mais favorável para o criminoso. Então, naturalmente, esses crimes já são maiores nessa área. Por outro lado, esse aumento [dos crimes] está ligado ao aumento da circulação de pessoas, uma vez que, no ano passado, nós ainda estávamos sob as limitações de movimentação referentes à pandemia. Então, tanto bares, quanto a universidade e a circulação de pessoas estavam limitados. Com o aumento da circulação de pessoas, também, principalmente o crime de roubo, aumenta, porque a oportunidade aumenta. Lembrando que a maior parte desses roubos são roubos a celulares. O autor, o criminoso, apresenta uma arma de fogo, ou muitas vezes faz a menção de estar armado, e isso sim eleva muito os crimes de roubo à mão armada na região”, comenta o Tenente Ulisses.
Ainda de acordo com o 4º BPM de Maringá, atualmente, há uma equipe policial exclusiva para realizar o patrulhamento na Zona 7.
“No que diz respeito às ações que a Polícia Militar vêm tomando, nós temos hoje uma equipe que ela é exclusiva para a Zona 7 nos momentos de maior movimento e maiores índices desse tipo de crime. Então hoje nós temos uma equipe exclusiva para esse tipo de situação. Além disso, nós temos implementado a segurança nessa área com a aplicação de blitz, de bloqueios, implementação de turnos extras com equipes fazendo o reforço nessa área, entre outras ações e operações que vêm ocorrendo nessa área. Então, o policiamento, tanto na Zona 7, quanto na área central, na região da Vila Olímpica, tem sido reforçado”, afirma o oficial.
A equipe de reportagem do GMC Online entrou em contato com a Secretaria de Segurança de Maringá e aguarda retorno.
