Produzido em Maringá, carro elétrico terá autonomia para 200 km e vai custar R$ 95 mil

O Wee, carro elétrico desenvolvido pela empresa brasileira Kers, está em exposição nesta sexta-feira, 26, no estacionamento ao lado da Prefeitura de Maringá. Apesar do nome estrangeiro, a Kers é uma empresa nacional com pretensões globais, por isso o nome que é um acrônimo em inglês de “sistema de recuperação de energia cinética”.
O termo Kers, comum na Fórmula 1, tem a ver com a recuperação de energia quando o carro freia. Se a Kers vai se tornar uma multinacional, o tempo dirá. O primeiro passo é começar a produzir carros em escala.
Segundo o presidente da Kers, Carlos Motta, não existe no Brasil uma montadora nacional de carros elétricos que produza em escala.
A Kers, que nasceu em Cascavel como um Centro de Tecnologia Automotiva, com apoio da Unioeste, tem planos de colocar o Wee no mercado no primeiro semestre de 2022, e para produzir, no mínimo, cinco unidades por mês.
E está tudo certo que a fábrica da Kers será instalada em Maringá, no parque industrial da PR-317, próximo ao aeroporto regional. A menos que ocorra o imponderável, diz Motta.
“A Kers veio para Maringá porque nós sentimos na sua população, nas suas empresas, na administração e todas as secretarias que se engajaram para nos apoiar junto ao Governo do Estado, na articulação com a sociedade maringaense para que esse empreendimento aconteça aqui na cidade. Então nós estamos acreditando que todas as negociações terão sucesso para que esse empreendimento possa ser implantado em Maringá, nós estamos fazendo todos os esforços para que isso se viabilize no curto prazo. É viável, são só alguns detalhes porque a gente nunca pode dizer o 100% porque a gente tem o imponderável, mas acredito que com o apoio da administração e da sociedade, junto ao Governo do Paraná, que também já nos apoia”, explica o presidente da empresa.
O Wee é um carro com três rodas, para duas pessoas, com autonomia para 200 km, que pode ser abastecido em casa, em no máximo 8 horas, atinge 100 km/h de velocidade e economiza cinco vezes o gasto com combustível. Ele não será vendido em concessionárias. A ideia é que as primeiras unidades sejam comercializadas para uso por aplicativo ou locação.
O superintendente da Secretaria de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação, Michael Tamura, diz que a sociedade civil organizada de Maringá está empenhada em trazer a Kers para a cidade.
“A gente vê que a comunidade em si se envolve e, de fato, sabe pra onde Maringá está sendo construída. Isso mostra a energia do poder público, da iniciativa privada e a comunidade abraçando também as ações do município”, comenta Tamura.
O preço das primeiras unidades do Wee será de R$ 95 mil.
