Polícia vê indícios de injúria racial contra jovens em Maringá
A Polícia Civil de Maringá concluiu o inquérito na ocorrência de um caso de racismo na cidade O delegado responsável, André de Oliveira, diz haver indícios de crime de injúria racial. Os trabalhos da polícia foram finalizados nesta segunda-feira (17).
O caso de racismo foi registrado em agosto deste ano. Naquele mês, o psicólogo Lucas Gabriel de 26 anos, registrou boletim de ocorrência na delegacia de Polícia Civil. Utilizando um áudio para comprovar as afirmações, o rapaz contou à polícia que ele e a irmã sofreram preconceito.
Uma vizinha chamou o jovem de macaco, preto e outros insultos. A pessoa responsável pelas ofensas mora no mesmo prédio que os irmãos. O caso começou por causa de um problema envolvendo vagas em garagens em um prédio, no residencial Cidade Nova, em julho.
O jovem e a irmã dele deixam as bicicletas em uma das vagas. E em algumas ocasiões, as bicicletas entraram na vaga da vizinha, que não gostou disso porque a situação aconteceu mais de uma vez. Aí, em um sábado, ela xingou o jovem.
Agora, o inquérito está nas mãos do Ministério Público (MP), que pode pedir novos depoimentos, dar continuidade ao que já foi feito ou então arquivar. No caso da continuidade, uma denúncia é apresentada à Justiça.
Segundo o delegado Andre de Oliveira, testemunhas e a investigada foram ouvidas. Ela passou a ser indiciada por injuria racial. O inquérito é sigiloso, diz ele.
O Ministério Público tem 15 dias para tomar uma decisão relativa ao caso.
A pena para o crime de injuria racial é de 1 a 3 anos de reclusão, mais uma multa.