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13 de dezembro de 2025

Conheça a história do Mucky, o macaco que vive em uma ONG de Maringá


Por Lethícia Conegero Publicado 26/08/2020 às 11h30 Atualizado 23/02/2023 às 13h44
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Foto: Lemuel Rodrigues

Mucky estava debilitado e machucado quando foi resgatado pela ONG Salvando Vidas Maringá no dia 17 de novembro de 2019, um domingo. O fundador do abrigo, Lemuel Rodrigues, foi informado de que havia um macaco-prego ferido na avenida Nóbrega e foi até o local.

“Retirei ele da calçada, liguei para minha veterinária em São Paulo e prontamente ela me disse: tira ele daí e ache um veterinário aí que vamos socorrer. Lá fui eu na Landa Conticelli Paiva e falei bora? Ela, como sempre, topa todas as minhas maluquices. A Soraya, do Projeto Mucky de São Paulo, que só atende macacos, começou a passar todos os protocolos de atendimento, medicamentos e cuidados para que pudéssemos salvá-lo”, conta o fundador da ONG.

Segundo ele, o macaco estava com um ferimento grave no rabo, machucados mais leves no rosto e pés e, além disso, não movimentava um dos braços.

Conheça a história do Mucky, o macaco que vive em uma ONG de Maringá
Foto: Lemuel Rodrigues

“Fizemos um raio-x do braço, pois achávamos que havia uma fratura. O Dr° Fernando do CDVET Centro Veterinário, que também vive socorrendo a gente, olhou e falou que não havia fratura, mas achava que era uma displasia do plexo braquial, ou seja, como se o ombro dele tivesse rompido. Estão foram dias de acompanhamentos e estudos entre Maringá e São Paulo”, conta Lemuel Rodrigues.

De acordo com os veterinários envolvidos, a lesão no braço pode ter sido causada por uma briga entre macacos, e não seria possível realizar um procedimento cirúrgico porque animais silvestres são mais sensíveis e a recuperação seria difícil. Por isso, Mucky perdeu o movimento do braço.

Em meados de janeiro de 2020, as feridas da rabo, rosto e pés já haviam sido regeneradas. O nome dele foi uma homenagem ao Projeto Mucky, que auxiliou em todo o processo.

E por que não devolver Mucky à natureza? “Macacos são animais que vivem em grupos, uma vez que ele se perdeu, dificilmente será aceito em outro. Nisso, ocorrem brigas e até mortes. Por isso hoje ele vive aqui. Lembrando também que aqui ele recebe uma alimentação com nutrientes, vitaminas, proteínas necessárias para sua sobrevivência”, explica Lemuel Rodrigues.

Foto: Lemuel Rodrigues

Hoje, o macaco vive em uma reprodução de um habitat natural na ONG Salvando Vidas Maringá. No abrigo, ele tem a companhia de quatro saguis que foram resgatados após terem sido eletrocutados, um furão que foi encontrado ferido e duas tartarugas que pertenciam a uma pessoa que faleceu. Além de 78 cachorros e 57 gatos, que estão disponíveis para adoção responsável.

É possível visitar o local aos fins de semana mediante agendamento. A ONG se mantém por meio de doações de madrinhas e padrinhos, eventos, rifas, bazares, bingos e promoções de pizzas.

Lemuel Rodrigues destaca que a ONG tem autorização legal para resgatar e cuidar desses animais, e que animais silvestres saudáveis não devem ser retirados da natureza.

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