Calendário da UEM é suspenso, mas vestibular é mantido
Por causa da greve por tempo indeterminado, o calendário da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi suspenso. A decisão foi tomada na tarde desta sexta-feira (28) pelo Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP).
Dessa forma, as aulas ficam suspensas oficialmente desde quarta-feira (26), data em que a greve dos servidores foi aprovada unificadamente pelos sindicatos. O CEP é uma das altas cúpulas da instituição.
Pela manhã, a Câmara de Graduação da UEM votou a favor da suspensão do calendário. No caso dessa Câmara, 64 conselheiros participaram da votação, sendo que 52 foram favoravelmente.
E o vestibular?
Apesar da suspensão do calendário, o Vestibular de Inverno da UEM está mantido. As provas ocorrem entre os dias 14 e 15 de julho.
Nem a reitoria e nem a Comissão do Vestibular Unificado vão se manifestar.
O presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), Edmilson Aparecido, comemora a aprovação da suspensão. A greve ganha mais forças, afirmou.
“O CEP manteve a tradição, respeitou a decisão da assembleia, e suspendeu o calendário. A gente comemora muito porque percebe que os professores, os discentes que fazem parte deste importante conselho, respeitaram o nosso direito”, afirma.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar), José Maria Marques, disse que a suspensão do calendário legitima o movimento grevista.
“Para nós é importante a suspensão do calendário acadêmico. Isso legitima o resultado da greve. Isso inibe, inclusive, os poucos fura greves, que gostam de atrapalhar. As aulas e as provas ministradas dos dias 26, 27 e 28, perderam o objeto”, comenta.
Ouça as entrevistas completas na CBN Maringá.
Os sindicatos pedem reposição salarial de 4,94% para este ano. Sem reajuste desde 2015, os grevistas dizem que perderam 17% do salário.
No Paraná, há paralisação de professores da rede estadual e parte de servidores de segurança.
Nesta semana, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior, pediu a suspensão do movimento para retomar as negociações. Os sindicatos rejeitaram.