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29 de novembro de 2024

Boné, vinho, pneus… Paraná tem 30 ‘capitais’; VEJA A LISTA


Por Redação GMC Online Publicado 22/12/2019 às 14h05 Atualizado 25/02/2023 às 08h21
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Curitiba é a capital do Paraná, estado com mais de 11,4 milhões de habitantes, segundo a última estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O título foi conquistado porque é na cidade curitibana que reside o governo estadual e todos os organismos da administração pública.

Mas, o quinto estado mais populoso do Brasil tem outros municípios que conquistaram o mesmo ‘status’ devido a atividade econômica ou costume dos moradores. Os títulos aprovados na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep ) ou no Senado Federal funcionam como estratégia para movimentar a economia local.

Em levantamento inédito, o Conselho e Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea) identificou entre os 399 municípios do Paraná que pelo menos 30 têm títulos de ‘capitais estaduais ou nacionais’, por exemplo: Marialva, é a Capital da Uva Fina; Guarapuava é a Capital da Cevada e do Malte; Jaboti é a Capital do Morango e Carlópolis é a Capital da Goiaba.

Neste contexto, a Engenharia contribui de forma direta com o desenvolvimento econômico dos municípios paranaenses, desde o plantio até a industrialização. No caso das cidades com ‘vocação’ para o campo, a participação dos profissionais é ainda maior.

No Noroeste, uma das cidades que se tornaram referência pela vocação rural é Marialva, a Capital da Uva Fina do Paraná, que teve sua colonização iniciada em 1940. O município é considerado o maior produtor da cultura no estado e tem como monumento um grande cacho de uva na entrada, que se tornou um atrativo turístico. De acordo com a Emater (Institucional do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural), são 500 produtores da cultura em uma área de 450 hectares.

A Engenheira Agrônoma Silvia Capelari, profissional de extensão rural, explica que o título de capital permitiu um enfoque turístico para o município. “Pessoas visitam Marialva com frequência para conhecer a produção de uva e os profissionais da área e produtores buscam a troca de experiências”, destaca. Ela ainda ressalta que após o status, a cidade se transformou em um pólo de tecnologia na produção a fruta. “Hoje são produzidas uvas finas de mesa das variedades Itália, Rubi, Benitaka e Brasil; variedades da Embrapa Núbia e Vitória e também uvas rústicas como Niagara”, complementa.

Em Jaboti, cidade com quase 5 mil habitantes, a produção destaque é a de morangos. Tanto que em 2014 o município recebeu o título de Capital Paranaense do Morango. Na época, quase 25% dos moradores estavam ligados diretamente à cultura. Segundo o Engenheiro Agrônomo Maurício Castro Alves, da Emater, a cidade tem quase 200 produtores da fruta (entre meeiros e áreas próprias) que geram um VBP de R$ 38 milhões anuais, sendo a principal fonte de arrecadação municipal.

Guarapuava produz 40% da cevada do País e desde 2017, através da Lei nº 134/2017, a cidade passou a ser denominada a Capital Paranaense da Cevada e do Malte, estimulando ainda mais os produtores de cevada a investirem nesta área. Além da intensa produção de matéria-prima, o município também abriga a maior maltaria da América Latina, a Agrária Malte, que atende aproximadamente 30% da demanda nacional.

Em todo este processo de produção da cerveja – desde o plantio até a industrialização – o acompanhamento de um responsável técnico é fundamental para contribuir com a preservação da qualidade do produto. Neste caso específico, o conselheiro do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo e Sommelier de Cervejas e Vinhos, Paulo Rogério Borszowskei, destaca algumas modalidades das Engenharias.

“A Agronomia e a Engenharia de Alimentos trabalha com a questão da tecnologia de processamento de alimentos, envolve o conhecimento prático e teórico da fermentação e manipulação de alimentos. Já a Engenharia Química, é focada nas transformações, nas questões de reação, redução e oxidação. Tendo um profissional que conheça essas áreas, a certificação e o produto terão o monitoramento da qualidade preservado”, avalia.

O Crea-PR atua fiscalizando as atividades de industrialização de cervejas. Em 2016, 28 fiscalizações deste segmento foram realizadas em todo o Paraná. O responsável por uma cervejaria deve seguir os parâmetros legais do Ministério da Agricultura, Anvisa e Inmetro, desde as normas de layout da indústria e boas práticas de fabricação, até as questões que envolvem qualidade, certificação e registro da cervejaria e do produto.

Maringá, Londrina e Cambé na fila de títulos

Três municípios paranaenses aguardam a votação dos projetos de lei sobre títulos de capitais nacionais e estaduais. As solicitações são recentes, todas deste ano. Maringá pode se tornar a Capital Nacional do Associativismo, Londrina a Capital Nacional da Economia Criativa e o município de Cambé, a Capital do Cadeado.

O projeto de lei que concede ao município de Londrina o título de Capital Nacional da Economia Criativa foi apresentado em agosto. Pela proposta, economia criativa é o conjunto de empreendimentos relacionados ao capital cultural, intelectual e criativo de uma região, presentes na cidade. A defesa do título de Capital Estadual do Cadeado na Alep para o município de Cambé é desde setembro. A proposta diz que a cidade tem a maior empresa do ramo de fabricação de cadeados e fechaduras do país. Já justificativa para o título maringaense está na organização cooperativista do setor. É que Maringá tem nove cooperativas com 276 mil cooperados e 5 mil funcionários.

Municípios paranaenses com títulos

Apucarana – a Capital Nacional do Boné

Arapongas – a Capital Moveleira

Barbosa Ferraz – a Capital Estadual do Crochê

Bituruna – a Capital Paranaense do Vinho

Campo Largo – a Capital da Louça e Porcelana de Mesa e da Cerâmica

Cascavel – a Capital do Oeste Paranaense

Carlópolis – Capital Nacional da Goiaba

Castro – a Capital Nacional do Leite

Cianorte – a Capital do Vestuário

Cornélio Procópio – a Capital da Mesorregião do Norte Pioneiro

Curitiba – a Cidade Sorriso e a Capital Ecológica

Fazenda Rio Grande – a Capital do Pneu

Faxinal – a Capital do Tomate na Estufa

Guarapuava – a Capital da Cevada e do Malte

Jaboti – a Capital Paranaense do Morango

Loanda – a Capital da Torneira

Mallet – Capital Estadual do Kiwi

Marialva – a Capital da Uva

Mauá da Serra – Capital do Milho

Nova Esperança – a Capital Nacional da Seda

Palmas – a Capital do Frio e da Maçã

Ponta Grossa – a Capital Cívica

Prudentópolis – a Capital do Feijão Preto

Reserva – a Capital do Tomate

Santa Fé – a Capital da Fotografia

Sengés – a Capital da Madeira

Telêmaco Borba – a Capital do Papel

Terra Roxa – a Capital Nacional da Moda Bebê

Toledo – a Capital do Agronegócio do Paraná

Umuarama – a Capital da Amizade

Pauta do Leitor

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