Aviões de traficantes perigosos estão estacionados no Aeroporto de Maringá
Dois aviões que eram usados no tráfico de drogas e contrabando entre o Paraguai e o Brasil estão estacionados no pátio do Aeroporto de Maringá. As duas aeronaves pertenciam a traficantes e contrabandistas perigosos e foram apreendidas em operações da Polícia Federal (PF).
Quem passa pelo pátio de manobras do Aeroporto de Maringá consegue observar as aeronaves estacionadas na frente dos hangares, em uma área onde ficam aviões que foram abandonados pelos donos.
Os modelos exatos e detalhes das aeronaves, como valores, não podem ser divulgados, por estarem em posse da PF, mas as duas foram apreendidas em 2016, durante a operação Celeno, da Polícia Federal, que desarticulou uma quadrilha que movimentava R$ 3 bilhões somente em contrabando.
Na época, foram apreendidas 12 aeronaves em todo o Brasil. Uma delas foi interceptada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e está parada no pátio da Delegacia de Paranavaí. O inquérito é conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF).
Geralmente, os donos dessas aeronaves pagam diárias à administração do aeroporto, mas por se tratarem de aviões que estão em posse de um órgão público, como a PF e o MPF, não precisam pagar pela estadia. Os aviões devem ir à leilão em breve.
Pátio do Aeroporto de Maringá tem vários aviões abandonados
O GMC Online mostrou em fevereiro deste ano que existe uma espécie de “cemitério” de aviões no pátio do Aeroporto de Maringá. São monomotores, aviões de médio porte e até jatinhos executivos de luxo parados e se deteriorando com o tempo. Alguns, de empresários que quebraram durante a crise econômica financeira do Brasil e acabaram abandonando seus “brinquedinhos”.
Segundo um levantamento feito pelo GMC Online, em fevereiro deste ano, são ao todo sete aeronaves que juntas somam um valor de mais de R$ 10 milhões. De acordo com a administração do aeroporto, algumas chegaram em Maringá para manutenção, mas nunca mais voaram.
As aeronaves “abandonadas” ficam ao ar livre, em um espaço de grama, na frente dos hangares privados do aeroporto. Os donos terão que pagar ao aeroporto uma diária, que varia de avião para avião, mas o valor não foi divulgado. O “cemitério” de aviões abandonados gera receita para o Aeroporto de Maringá, segundo a administração.