Maringá: Startup da Incubadora Tecnológica recebe patente verde do Inpi
Quando eram estudantes de engenharia química da Universidade Estadual de Maringá (UEM), os amigos e hoje sócios Franco Leonardi, Nikolas Ferreira de Souza e Igor Zornitta Zanella alugaram uma casa que em vez de república se tornou um laboratório.
Os três precisavam de espaço para desenvolver um projeto que depois iria dar origem a uma startup. Na Incubadora Tecnológica de Maringá, e já formados, os três criaram uma peça que reduz o consumo de combustível e a poluição ambiental.
A invenção serve para qualquer combustível, mas o foco do projeto é o diesel, explica Igor Zanella.
“Nosso produto é uma peça que a gente instala em caminhões, ônibus, veículos que usam motor a diesel e o nosso produto melhora o funcionamento do motor. A gente consegue fazer com que o veículo, que o motor consuma em torno de 5% menos de consumo de combustível e emita muito menos poluentes, gases de efeito estufa, a gente estima em torno de 50% menos de poluição gerada […]. Então é como se fosse um aditivo para veículos, a gente torna o veículo mais eficiente e mais ‘ecológico'”, afirma Zanella.
A criação acaba de receber a patente verde do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). A entrega da patente foi nesta sexta-feira, 11, numa cerimônia na Incubadora Tecnológica de Maringá.
A patente verde é um reconhecimento aos produtos que contribuem para as mudanças climáticas globais e tecnologias voltadas ao meio ambiente, dentro dos objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em todo o mundo a luta é pelo fim do uso de combustíveis fósseis, mas como isso ainda pode demorar muito, toda tecnologia que reduz o impacto destes produtos é muito bem-vinda.
“Agora começa a aparecer alguma inovação, o diesel barateia, volta um pouco pro diesel, começa a se buscar tecnologias para melhorar a eficiência, até um dos 17 objetivos da ONU, tem dois ligados a nossa tecnologia […]. O ‘uso consciente de fontes não renováveis’, que é o diesel, e o ‘aumento da eficiência energética'”, comenta Zanella.
A peça desenvolvida pela startup será testada por veículos da Prefeitura de Maringá e de uma transportadora da cidade. Em 2021, o produto entra no mercado nacional.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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