Paróquia da Arquidiocese de Maringá guarda fragmento da cruz de Cristo

Um fragmento da Santa Cruz, onde Cristo foi crucificado, está guardado sob a responsabilidade da Região Pastoral Santa Cruz da Arquidiocese de Maringá. Atualmente, a relíquia está exposta para veneração dos fiéis na Paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu. O fragmento foi colocado em um relicário prateado.
Anualmente, em 14 de setembro, dia de Exaltação da Santa Cruz, a relíquia é levada para peregrinação nas outras sete paróquias pertencentes à Região Pastoral Santa Cruz: Santa Joaquina de Vedruna (Maringá), Santa Rosa de Lima (Iguatemi), Santo Cura d’Ars (Paiçandu), Nossa Senhora do Rocio (Ivatuba), São Pedro Apóstolo (Doutor Camargo), Santa Teresinha do Menino Jesus (Mandaguaçu) e São Sebastião (Mandaguaçu). Devido à pandemia da covid-19, as peregrinações foram suspensas.
De acordo com o padre Nailson Bacon, coordenador da Região Pastoral Santa Cruz, o fragmento da cruz de Cristo foi trazido de Roma para a casa de Dom Jaime Luiz Coelho, primeiro bispo e arcebispo de Maringá, há anos – não se sabe a data exata. Posteriormente, a relíquia foi levada para a Capela Santa Cruz (Maringá Velho) por Dom Anuar Battisti, arcebispo emérito de Maringá, e ficou sob a responsabilidade da Paróquia Santa Joaquina de Vedruna.
Com a interdição da Capela Santa Cruz, em 2019, por problemas na estrutura do imóvel, a relíquia foi retirada do local. “Como a Capela Santa Cruz foi interditada e a nossa Região Pastoral leva o nome de Santa Cruz devido à capela, nós fizemos uma mobilização e buscamos a relíquia para poder fazer a peregrinação no dia 14 de setembro, dia da Santa Cruz, pelas oito paróquias. Desde então, a guarda dela fica sob responsabilidade do padre coordenador da Região Pastoral, que é eleito a cada dois anos, e hoje sou eu, então ela fica aqui comigo na Paróquia Jesus Bom Pastor, em Paiçandu. Quando houver uma próxima eleição e outro padre for eleito como coordenador, ficará sob a guarda deste padre. Mas sempre para que ela possa fazer esse processo de peregrinação”, detalhou em entrevista ao GMC Online.

A veracidade do fragmento da Santa Cruz foi validada por Dom Anuar Battisti, segundo o padre Nailson Bacon. “Infelizmente, por ser uma relíquia da Santa Cruz, ou seja, de milênios, nós já não temos mais o certificado dela, que é emitido por Roma, mas temos a validação feita pelo arcebispo emérito, Dom Anuar Battisti, da sua veracidade. É sempre importante a certificação, seja de Roma ou do bispo, para validá-la, porque infelizmente muitas foram espalhadas sem validação”, afirma.
Veneração
O fragmento da Santa Cruz, assim como as demais relíquias da Igreja Católica espalhadas pelo mundo, é venerada pelos fiéis como objeto que os aproxima de Cristo, como explica o padre Nailson Bacon.
“A relíquia tem uma importância ímpar na história da igreja, primeiro porque nos remete à Cruz de Cristo, assim como também existe a sua coroa e outras relíquias. A veneração das relíquias nos ligam a Jesus Cristo. É uma forma das pessoas terem essa relação mais próxima com Deus. É um momento muito bonito da peregrinação que acontece pelas paróquias, onde as pessoas podem ter acesso à relíquia. Como antes ela ficava resguardada na capela, era de pouco acesso. Agora as pessoas têm um pouco mais de acesso a ela”, finaliza.



