Início do ano acende o alerta, diz secretário sobre a dengue
O secretário de Saúde, Clóvis Augusto Melo, afirmou que o início do ano acende o alerta para a dengue. O último boletim da Secretaria Municipal de Saúde mostra que Maringá confirmou 223 casos de dengue nesse período epidemiológico, que começou em agosto do ano passado.
Esta época do ano é propícia para maior proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. De acordo com o secretário de Saúde, a situação da doença na cidade por enquanto está controlada. O primeiro Lira deste ano, levantamento do índice médio de infestação do mosquito, já começou a ser feito, diz o secretário.
“Começamos a elaboração do primeiro Lira do ano. São 124 Liras, que é o índice de infestação predial. Ele é feito por amostragem. São 20% dos imóveis que são vistoriados exatamente para esse fim e, daí, é visto o percentual de infestação. Nós fechamos o ano passado, o quarto Lira, com 1% de infestação predial e é um número bom, mas é claro que não é o ideal. O ideal é 0%”, afirmou Clóvis.
“Normalmente, pela série histórica, o primeiro Lira sempre aponta um aumento, em função das condições climáticas. Janeiro e fevereiro são meses que tem maior índice pluviométrico, chove mais, e também meses de maior calor, que são as duas condições favoráveis aos criadores de dengue. Então, as pessoas não podem baixar a guarda”, complementou o secretário.
Dos casos confirmados em Maringá, 14 são considerados casos graves e neste período nenhuma morte em decorrência da dengue foi confirmada. O secretário reforça que a dengue é uma doença evitável com ações da própria população.
“A dengue é uma doença que pode agravar. Nosso sistema de saúde deu conta. Não tivemos nenhum óbito e queremos continuar assim, porque é muito triste você ter óbitos por uma doença que é evitável. Todo óbito é triste, mas por doenças que são evitáveis é muito ruim”, mencionou.
O secretário complementou ainda que a “dengue é uma doença evitável com medidas simples como limpar o seu quintal. O ciclo do mosquito, entre colocar o ovo, ele eclodir e virar um outro mosquito é de 9 dias. Então, se todas as pessoas fizerem nas suas casas, no final de semana, tirar 10 minutos no sábado ou no domingo para dar uma olhada no seu quintal e ver se não tem nenhuma tampinha, uma garrafa, isso interrompe o ciclo do mosquito, porque você está fazendo isso de 7 em 7 dias e é uma coisa simples de se fazer”.
Além disso, ele afirmou que é importante “não jogar lixo em terreno baldio, em fundos de vale e, também, olhar os vasinhos de planta e ver se aquele pires que está embaixo não está com água e colocar areia no pires”. Para ele, “o primordial é que as pessoas façam a sua lição e alerte os vizinhos de forma que a gente combata o mosquito e não tenha mais casos da doença”.