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25 de novembro de 2024

Maringá tem mais de 11 mil famílias em situação de extrema pobreza


Por Iasmim Calixto Publicado 08/02/2023 às 18h24
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Foto: Hermes Rivera

Maringá tem 11.999 famílias em situação de extrema pobreza, segundo dados do Ministério da Cidadania. As informações foram atualizadas em dezembro de 2022.

Com 44.606 famílias cadastradas no CadÚnico, programa do Governo Federal, o número de famílias em situação de extrema pobreza representa 27% desse grupo.

3.132 famílias estão em situação de pobreza, o que representa 7% dos cadastros do CadÚnico. Já as famílias em situação de baixa renda somam 26%, com 11.502 grupos familiares.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, são consideradas família em extrema pobreza aquelas que vivem com renda mensal por pessoa de até R$ 89,00 e famílias em situação de pobreza aquelas com renda mensal entre R$89,01 até R$ 178,00 por pessoa.

Entre as pessoas cadastradas, a maioria são mulheres com idade superior a 65 anos. Em seguida, mulheres entre 25 a 34 anos e crianças e adolescentes do sexo masculino, entre 7 a 15 anos.

Em 2022, mais de 103 mil maringaenses estavam cadastrados nesse programa. O CadÚnico é destinado a indivíduos que possuem renda mensal por pessoa de até meio salário mínimo. O acesso a esse programa permite que famílias em situação de extrema pobreza ou pobreza possam receber auxílios como o Bolsa Família e a Tarifa Social.

Em dezembro de 2012, cerca de 25 mil famílias de Maringá em situação de pobreza ou extrema pobreza eram cadastradas nesse sistema. Dez anos depois, esse número aumentou em 44%.

O que diz a Prefeitura

Segundo a secretária de Assistência Social de Maringá, Sandra Jacovós, a cidade tem diversos serviços para auxiliar, encaminhar e o acompanhar as pessoas para que possam superar a condição em que vivem. Ela diz que atualmente a cidade tem dez Centros de Referência de Assistência Social (Cras), e que há ainda um Cras em cada distrito, de Iguatemi e Floriano.

A secretaria reforça que o Cras é porta de entrada da Secretaria de Assistência Social. “Lá é feita a acolhida da pessoa, é feito o cadastro único, que é o cadastro nacional, que garante que as políticas públicas sejam escritas. É feito todo o indicativo de acordo com a necessidade da pessoa. Ela vai ser orientada quanto à aposentadoria, orientada sobre programa da luz fraterna, sobre o programa do leite da criança, que é um programa do governo do estado. Nós temos também o compra direta, que é um programa do governo do estado, nós temos o cartão municipal, que é fornecido às famílias que estão no cadastro. Nós temos aí uma série de serviços feitos dentro do Cras que visam exatamente isso: retirar a pessoa, retirar, auxiliar, encaminhar, para que ela supere essa situação de vulnerabilidade”.

Segundo ela, somente em 2022 foram registrados 175.174 mil atendimentos nos Cras de Maringá, o que significa uma média de 1.200 por dia. “O Cras Santa Felicidade é o que mais atende, onde foram registrados 31 mil e 18 atendimentos no ano de 2022…então significa que lá tinha normalmente 2.584 atendimentos no mês, e aí cerca de 130 atendimentos ao dia. Fora tudo isso a gente tem os alugueis sociais, que é uma política que auxilia várias famílias, hoje nós temos 42 famílias nesse programa”.

Outros serviços oferecidos pelo município

Ao GMC Online, a secretária elencou ainda diversos serviços oferecidos pelo município para acolher a população em situação de vulnerabilidade, como dois serviços de convivência e fortalecimento de vínculos governamentais, os Creas, abrigos para crianças e adolescentes, centro dia governamental, centro pop, equipe de abordagem social 24 horas e mais uma equipe de abordagem social para atendimentos infantis. “Temos um programa chamado família acolhedora hoje com 49 famílias cadastradas e hoje 27 crianças acolhidas. Nós temos também um programa chamado família guardiã, que foi implantada agora em 2022 também para o abrigamento de crianças”.

Para os idosos, ela destacou que o município oferece uma residência inclusiva, além de dois asilos, que atualmente têm cerca de 80 idosos. “Temos também o condomínio do idoso, com 36 casas e estão em processo de construção mais 40 alojamentos. Temos um condomínio chamado morada do sol também com oito casas para idosos de maneira mais específica. Temos também 73 vagas de idosos nas ILPIs do município.”, acrescenta.

Outros serviços citados pela secretária são o portal da inclusão, abrigo de inverno, os quatro restaurantes populares, programa de aprendizagem e pré-aprendizagem, vagas para habilitação e reabilitação para tratar vínculos familiares, cursos no CSU e cursos em parceria com o Senac. “Então temos parcerias com várias instituições para poder encaminhar a pessoa que está em vulnerabilidade para fazer cursos”, diz.

A secretaria destaca ainda que além dos serviços da Secretaria de Assistência Social o município tem outras políticas que buscam a superação da vulnerabilidade social. “Como a educação, que tem a escola em período integral, tem a merenda escolar; como a Setrab, que tem uma política de fortalecimento do trabalho e renda; temos as hortas comunitárias. Então o nosso objetivo é fortalecer cada vez mais aqui na nossa secretaria a política de assistência social, e a gente anda de mãos dadas com a população mais carente, auxiliando e fazendo os encaminhamentos e o acompanhamento para ter a superação dessa condição. Tem também a Secretaria da Mulher, que faz um trabalho de socialização das mulheres, oferece vários cursos. Tem também a Secretaria de Juventude e Cidadania que oferece vários atendimentos também…tem a casa do migrante, tem a casa do indígena, que também são populações vulneráveis”.

Texto atualizado às 18h24 para acréscimo do depoimento da Prefeitura.

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