Idoso que estava desaparecido em Paiçandu é encontrado morto; veja os detalhes
Foi encontrado no fim da tarde desta terça-feira, 24, o idoso que desapareceu após sair de casa, em Paiçandu, na última sexta-feira, 20. Ele tem 79 anos e foi identificado como Nelson Cordeiro.
Às 17h02, o Corpo de Bombeiros informou que “além das imagens enviadas 11:39 do trabalho terrestre do Corpo de Bombeiros, o serviço de Operações Aéreas Sesa/Samu 192 Norte Novo realizou uma busca aérea com o helicóptero Saúde 10 em áreas de interesse designadas pelo comando da operação, entretanto o Sr Nelson continua desaparecido”.
Pouco tempo depois, eles informaram que o idoso havia sido encontrado. “Ele foi encontrado às 17h20, dentro de uma propriedade privada. Foram catadores de entulho em um lixão, então são cerca de 500 metros desde o último ponto em que ele foi visto. Infelizmente o sr Nelson está em óbito. Ele está em cima de uma pilha de entulhos com a bicicleta ao lado do corpo. Visivelmente a principal lesão é em crânio, mas o fator gerador da morte será investigado pela polícia científica. A polícia militar foi acionada para todos os trâmites habituais com relação a uma morte decorrente de um trauma. Além do corpo de bombeiros, polícia militar, polícia científica e IML”, relatou o tenente Alex Boni, do Corpo de Bombeiros.
Segundo ele, a equipe havia passado nesta terça-feira pela região onde o corpo foi encontrado, mas como se trata de uma propriedade privada e com acesso restrito, a procura no local acabou sendo descartada no processo de planejamento de busca. “Seria o equivalente a passar por áreas onde há casas e a gente fazer uma verificação individual das casas, das residências. Se há uma mínima chance de adentramento por alguma vulnerabilidade de acesso, sem portaria, sem cerca, esses locais são checados, mas não foi o caso”.
O caso
Segundo familiares, o idoso é diagnosticado com Alzheimer e há cerca de um ano sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) que o deixou com sequelas.
Desde o sábado, 21, equipes do 5º Grupamento de Bombeiros, Polícia Militar e demais forças de segurança realizam uma força tarefa para localizar o idoso.
Foram encontradas imagens de câmeras de segurança que mostram Nelson Cordeiro passando de bicicleta, usando uma camiseta vermelha, na região de Paiçandu.
Na primeira imagem, divulgada no sábado, ele trafegava às margens da PR-323. Em outra imagem, divulgada nesta terça-feira, 24, o idoso também aparece de bicicleta, seguindo no sentido da ponte que liga Paiçandu ao distrito de Floriano, em Maringá.
Na manhã desta terça-feira, o Corpo de Bombeiros informou que os esforços continuavam em Floriano e câmeras no trajeto do último avistamento – leia abaixo o relato divulgado pelo tenente Alex Boni.
“Uma equipe do Corpo de Bombeiros ontem fez algumas verificações e contatos, tanto remotamente quanto presencialmente no entorno do local do desaparecimento. Essa gravação chegou ontem à noite, é de uma casa no entorno do local em que ele foi visto pela última vez e ela está bem no início da gravação demonstrando a passagem do senhor Nelson de bicicleta, usando uma camiseta vermelha. O sentido que ele faz é com relação a Paiçandu sentido ponte que vai para Floriano. Ontem a tenente Hannah que é oficial de área e comandava a operação recebeu a informação de que uma pessoa afirmou ter visto Nelson em Floriano. Uma equipe foi para o local, porém não constatou nenhuma evidência em relação a isso e o trabalho continua, mas basicamente nesse momento está centrado na busca de imagens que nos deem uma direção mais fidedigna de onde a vítima possa ter se encaminhado, pois perceba como nós já comentamos em outra ocasião: a busca de uma pessoa com Alzheimer é um desafio para as equipes, pois é uma pessoa que muitas vezes não tem nem a percepção, a depender do estágio dessa doença, de que ela está perdida, de onde veio, para onde vai, quem muitas vezes ela é, ela não é capaz de informar”.
Às 13h45, o Corpo de Bombeiros informou que solicitava “ampla divulgação das fotos do Sr Nelson, uma vez que uma guarnição foi realizar o reconhecimento de uma área e as pessoas não sabiam que ele estava desaparecido. Neste momento não temos pistas sobre o paradeiro dele, então quanto mais pessoas souberem, mais chances temos de encontrá-lo”.
