Professor de curso viraliza em vídeo suspeito de incentivar sexo com mulheres mortas; assista
Evandro Bitencourt Guedes, ex-policial militar (PM), viralizou nas redes sociais, ao longo da última segunda-feira, 4, após aparecer em um vídeo suspeito de incentivar sexo com mulheres mortas durante uma aula de um cursinho localizado em Cascavel, no Oeste do Paraná.
O Ministério Público (MP/PR), já afirmou que há um inquérito civil em tramitação buscando apurar falas que promovem o crime de necrofilia, entre outras formas de violência, ocorridas na instituição.
Sobre o vídeo, a empresa AlfaCon Concursos Públicos, que possui Guedes como um dos fundadores, se posicionou por meio de uma nota que circula nas redes sociais – veja no fim da matéria. A Banda B também procura o ex-PM. O espaço está aberto.
Guedes aparece com uma camisa da Alfacon durante uma aula e apresenta aos alunos, conforme mostra o vídeo, uma hipótese na qual um jovem virgem encontra uma assistente de palco do antigo programa “Pânico” em uma sala de necropsia. O caso gerou ampla repercussão. Veículos de comunicação divulgaram o vídeo após a repercussão na internet – veja o vídeo abaixo:
🚨BRASIL: Evandro Guedes, conservador da extrema-direita e amigo da família Bolsonaro, incentiva necrofilia (sexo com cadáveres) para seus alunos do concurso da polícia.
— CHOQUEI (@choquei) December 4, 2023
O fundador da Alfacon ensina concurseiros a como violar corpos de mulheres mortas. pic.twitter.com/Plk3f9JPc9
“Aí você está lá e vem uma menina do Pânico da TV morta. Meu irmão, com aquele ‘rabão’. E ela infartou de tanto tomar ‘bomba’ na porta do necrotério e tu levou lá para dentro. Duas da manhã, não tem ninguém. Você bota a mão. Quentinha ainda. O que você vai fazer? Vai deixar esfriar? Meu irmão, eu assumo o fumo de responder pelo crime“, trecho da fala de Evandro Bitencourt Guedes, que aparece no vídeo acima.
A empresa pontuou na nota que se “trata de um vídeo antigo”, que seria de 2016.
O vídeo na íntegra deixa claro que se trata apenas de um exemplo fictício e caricato para ilustrar uma situação do direito penal, trecho da nota da AlfaCon que circula nas redes sociais.
Ministério Público (MP/PR) e Polícia Civil do Paraná
A Banda B procurou o MP/PR e a Polícia Civil para saber se o caso será investigado. A polícia pontuou que “a princípio, até o momento a PCPR não foi notificada” sobre o caso. Por outro lado, o MP destacou que já tramita um inquérito civil na Justiça de Cascavel. O vídeo chegou à Promotoria nesta terça-feira, 5.
O caderno investigatório tem por objetivo apurar as notícias veiculadas na imprensa nacional e em rede social, notadamente sobre as condutas de professores da instituição, em cujas falas, feitas durante aulas ministradas pela instituição, há manifesta violação de direitos, preconceito, reiterado discurso de ódio e incitação à prática de crimes. A 12ª Promotoria de Justiça designou reunião com os sócios da empresa para janeiro de 2024, para buscar a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta a fim de estabelecer:
i) treinamento periódico e obrigatórios aos professores da empresa;
ii) em razão do dano moral coletivo causado em virtude dos episódios de discriminação e intolerância praticados no âmbito da pessoa jurídica e pessoas naturais investigadas, a destinação de valor para custear e fomentar a realização de campanhas educativas de combate à discriminação e intolerância e/ou projetos sociais com o mesmo foco.Ministério Público do Paraná (MP/PR).
Alfacon
A AlfaCon se posicionou sobre o caso por meio de uma nota que circula nas redes socais (veja abaixo).
Evandro Bitencourt Guedes
A reportagem tenta localizar o ex-PM para obter um posicionamento. O espaço está aberto.