Saiba como é calculada a evolução da dengue em Maringá
Antigamente, para se decretar epidemia de dengue, os municípios se baseavam apenas no número de casos confirmados no período epidemiológico vigente. A cada 300 casos por 100 mil habitantes a cidade podia decretar epidemia de dengue.
Entretanto, a metodologia de análise mudou. Agora os gestores de saúde levam em consideração outros fatores.
Esses dados estão dentro do chamado diagrama de controle, feito por pesquisadores da UEM a partir do relatório semanal das secretarias de Saúde, municipal e estadual, sobre a doença, analisando também o histórico da dengue. A professora Eniuce Menezes explica.
Segundo ela, entre os outros fatores analisados estão capacidade de gerenciamento e atendimento dos casos pelo município e tipo de vírus. Se fosse no modelo anterior, Maringá já estaria em estado de epidemia de dengue. O último boletim trouxe mais de 1.200 casos da doença.
O diagrama de controle é aplicado em todo o Paraná, explica. Essa ferramenta estatística evita que apenas pautado no número de casos um município menor por exemplo chegue em situação descontrolada para decretar epidemia, explica Eniuce.
Em Maringá, os dados atuais do diagrama mostram que a dengue tem se comportado de maneira diferente dos anos anteriores.
Segundo ela, com o diagrama, seria difícil prever como e quando Maringá entraria em estado de epidemia de dengue. Isso porque até o momento, apesar do número de casos, os sistemas de saúde e epidemiológico da cidade estão, por enquanto, com a situação sob controle, diz.
