Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

11 de dezembro de 2025

Apenas 11% das crianças completaram o esquema vacinal contra covid-19, alerta Fiocruz


Por Agência Estado Publicado 12/03/2024 às 13h11
Ouvir: 00:00

Apenas 11,4% das crianças de até 14 anos estão com o esquema vacinal completo contra a covid-19 no Brasil. É o que indica o boletim do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fiocruz em conjunto com a Faculdade de Medicina de Petrópolis, divulgado nesta segunda-feira, 11. O documento relaciona ainda a baixa cobertura vacinal à persistência das mortes devido à doença nesta faixa etária.

O boletim evidenciou também que, dentro da faixa etária de até 14 anos, as crianças mais novas são as menos vacinadas. Entre aquelas de 3 a 4 anos, 23% tomaram duas doses da vacina, enquanto apenas 7% completou o esquema vacinal com três doses. Por outro lado, na faixa etária de 5 a 11 anos, a taxa de cobertura vacinal subiu para 55,9% com duas doses e 12,8% com três. Os dados são de fevereiro de 2024.

Vale destacar que a cobertura vacinal também está baixa na população adulta. Para esse público, o esquema vacinal completo é composto por quatro doses e apenas 14,9% estão com a imunização em dia.

Número de mortes e vacinação

Para traçar uma análise geral da relação entre a vacinação e o número de óbitos por covid-19 em crianças até 14 anos, o Observa Infância comparou o número de mortes dessa faixa etária devido à doença nas primeiras oito semanas dos anos de 2021 a 2024 no Brasil. Vale lembrar que a pandemia de covid-19 foi decretada no País há quatro anos, em 11 de março de 2021.

No primeiro ano de combate à covid-19, foram registradas 118 mortes de crianças com até 14 anos no Brasil, número correspondente a 38,6% das mortes por síndrome respiratória aguda grave (SRAG). No mesmo período de 2022, o número de óbitos escalou para 356, quase metade (47,1%) dos casos das mortes por SRAG. Contudo, em 2023, ano em que o imunizante contra a covid-19 ficou disponível para crianças a partir de 6 meses, o número de óbitos caiu para 50, menos de um quarto (24,5%) do número de mortes por SRAG. De acordo com o boletim, essa queda demonstra a eficiência e segurança da vacina.

Em 2024, entretanto, houve uma estagnação no número de mortes. No período, foram registrados 48 óbitos de crianças de até 14 anos devido à covid-19, o que corresponde a 32% das mortes por SRAG.

Segundo o boletim, essa persistência no número de mortes é preocupante e pode estar relacionada à baixa cobertura vacinal nessa faixa etária.

Cristiano Boccolini, pesquisador da Fiocruz e coordenador do Observa Infância, destaca a importância do cobertura vacinal completa em momentos de escalada de outras doenças, como observado agora. “A análise mostra que temos uma vacina segura, eficiente e disponível em todos os municípios. Precisamos usar o recurso que temos para garantir a saúde das crianças, especialmente num cenário desfavorável, com a circulação de outras doenças perigosas, como a dengue”, pontua, em comunicado da Fiocruz.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação

Comentar

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Cidade da Grande SP tem 100% dos imóveis sem luz após passagem de fortes ventos


O município de Embu-Guaçu, que fica na região metropolitana de São Paulo e tem cerca de 67 mil habitantes, está…


O município de Embu-Guaçu, que fica na região metropolitana de São Paulo e tem cerca de 67 mil habitantes, está…

Geral

Aeroporto de Congonhas enfrenta caos após cancelamento de voos por ventania forte em SP


Passageiros do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, lotaram a área de check-in e o saguão do…


Passageiros do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, lotaram a área de check-in e o saguão do…