22 de agosto de 2025

Dia das Mães: medo e falta de informação desafiam maternidade atípica


Por Metrópoles, parceiro do GMC Online Publicado 12/05/2024 às 08h59
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Foto: Arquivo pessoal

A gerente de riscos Rafaela Aquino, de 27 anos, lembra perfeitamente do dia em que, pela primeira vez, suspeitou que seu filho, Benjamin, fosse autista. O menino, que tinha acabado de completar 2 anos, passava por algumas mudanças de comportamento e a mãe decidiu pesquisar os sintomas na internet.

Naquela época, Ben já não queria mais brincar como antes, tinha parado de chamar as tias e primas pelo nome, e passou a correr de um lado para o outro da casa. O vocabulário, já recheado de palavras, foi diminuindo pouco a pouco.

Ao descrever os comportamentos no Google, a mãe caiu em um vídeo sobre autismo regressivo – nome dado aos casos em que crianças autistas “perdem” habilidades já desenvolvidas. Foi quando “tudo se encaixou”, segundo ela.

“Eu lembro até hoje da cena: ele correndo na sala e eu sentada vendo vídeo no YouTube com as duas mãos na cabeça, desesperada. Minha mãe entrou na sala e brigou comigo. Ela falou: ‘para, você tá louca!’”.

A luta para confirmar o diagnóstico e apresentar a situação para a família é um dos primeiros desafios que as mães de crianças com autismo enfrentam. Na maternidade atípica, como é chamada a maternidade de pessoas com alguma deficiência, muitas mulheres têm ainda que reformular suas rotinas para cuidar dos filhos, enquanto lidam com a falta de informações sobre o tema e o medo sobre o futuro.

Neste Dia das Mães, o Metrópoles, parceiro do GMC Online, conversou com quatro mulheres que, longe de romantizar essa realidade, relataram como é viver uma maternidade atípica. Todas elas são mães de pessoas autistas, com diferentes níveis de suporte.

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Para Rafaela, o diagnóstico de Ben veio acompanhado de uma depressão severa. Foto: Arquivo pessoal

Para Rafaela, o diagnóstico de Ben veio acompanhado de uma depressão severa. “É uma quebra de expectativa, um luto por tudo que você planejou para o teu filho”, diz ela, citando o medo com o que seria o futuro do filho.

A descoberta do autismo mudou completamente o dia-a-dia da gerente, que precisou adaptar seus horários para garantir uma rotina de terapias ao filho. Aos poucos, Rafaela diz que foi aprendendo a lidar com as descobertas e entendeu que poderia “curtir o Ben” sem as expectativas de antes.

Leia a reportagem completa no Metrópoles, parceiro do GMC Online.

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