Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

22 de novembro de 2024

Raça de boi com chifres gigantes é atração na Expoingá; conheça


Por Rafael Bereta Publicado 19/05/2024 às 09h17
Ouvir: 00:00

No setor dos animais da 50° edição da Expoingá uma das raças que tem se destacado pela aparência é a do ‘Boi Franqueiro’. Originários da África, esses animais se destacam não só pelo tamanho dos seus chifres, que podem ultrapassar os dois metros, mas também pela sua robustez e beleza – veja abaixo:

Design sem nome (89)
Os chifres desse animal são enormes e podem chegar a dois metros de uma ponta a outra. Foto: Divulgação/SRM

Quem toma conta do Gado Franqueiro na feira é o Diretor de Pecuária da Sociedade Rural de Maringá e responsável pelos rebanhos ovinos, caprinos, bovinos e equinos, Jucival Pereira de Sá. Ele explica que o ‘Franqueiro’ teve grande influência no Sul do Brasil durante muitos séculos e eventualmente foi substituído por outras raças bovinas. Isso quase levou à sua extinção, mas a raça ainda existe graças aos esforços de entusiastas que preservam sua existência.

“A raça veio para o Brasil há mais de 500 anos. Os animais chegaram junto com os colonizadores espanhóis e se estabeleceram nos campos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde foram se reproduzindo. São animais muito rústicos e têm como característica marcante os chifres. Para o bovino, os chifres servem como uma reserva de cálcio nos períodos mais críticos, pois eles podem reabsorver o cálcio dos chifres para se manter. Além disso, os chifres também são usados para defesa, sendo uma característica importante para a sobrevivência desses animais”, explica ao GMC Online.

O diretor ainda afirma que essa raça é utilizada atualmente para fins de tração e também como reprodutora, para melhorar outras raças. Os bois ‘Franqueiros’ também são criados para produção de carne e o abate desses animais segue os mesmos padrões e regulamentações aplicáveis a outras raças bovinas no Brasil.

“O boi Franqueiro pode até ser destinado ao abate, mas essa não é sua principal função. A preservação da raça e sua história é um objetivo mais importante. Existem criadouros dedicados a essa preservação, empenhando-se em manter a linhagem e as características originais do Franqueiro, valorizando sua importância histórica e cultural. Esses criadouros se esforçam para preservar essa raça tradicional, destacando seu papel na história da pecuária brasileira”, diz.

Chifres valiosos

Os chifres do bicho são bem valiosos e procurados. A cabeça de um boi adulto por exemplo pode valer mais de R$ 20 mil.

Esses chifres são bem valiosos porque não servem apenas para mostrar beleza, mas também servem como arma de defesa contra predadores e outros animais, ajudam na dissipação de calor, regulando a temperatura corporal, além de funcionar como reservatório de cálcio que pode ser reabsorvido durante períodos críticos. E são usados em interações sociais e disputas por dominância dentro do rebanho”, afirma Jucival.

Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Crioula Lageana (ABCCL), em todo Brasil, são catalogados mais de 2 mil cabeças e cerca de 30 criadores oficiais.

Para quem desejar conhecer de perto o Boi Franqueiro, a raça está no pavilhão de animais da Expoingá.

Foto: Divulgação/SRM

Confira

Podcast GMC Online

Na sexta-feira, 17, a equipe GMC Online também conversou com Jucival Pereira de Sá. Durante a entrevista, ele falou de algumas raças comercializadas na Expoingá que foram vendidas até para o Paraguai.

Ele falou ainda sobre como funciona a venda de sêmen e embriões e de raças que vieram apenas para exposição, como o Gado Franqueiro, que tem chifres enormes.

Confira na íntegra

A cobertura do GMC Online na Expoingá 2024 tem o patrocínio da Unimed Maringá.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação